Fazer o que mais gosto
Hoje uma das coisas que mais gosto de fazer é me sentir livre.
Livre, sim, na concepção mais simples da palavra. É poder sorrir, dançar meu samba, cantar meu Renato Russo em italiano, estudar minhas apostilas, ler meus livros de romance e autobiografias, comer meu chocolate, curtir meus filhos com graça e brincadeiras, brincar mesmo, de bola, de boneca, assistir o Patati e Patatá até abusar e depois sair pra faculdade cantando: "O meu carrinho pula mais do que pipoca, pula mais do que pipoca, mas todo mundo gosta, minha bicicleta pula mais do que pipoca, pula mais do que pipoca, mais todo mundo gosta..."
kkkkkkkkkk e ainda dançar, pode??? kkkkkkkkk
Livre pra fazer o que gosto sem ter que me justificar pra alguém que diz que me ama mas me prendia numa redoma de ilusão que mais parecia um paraíso de amor, mas eram apenas correntes nos pés e nas mãos. Eu me sentia culpada por ser quem eu sou, por gostar de samba, de dançar, de cantar, de conhecer pessoas novas, de fazer amigos de verdade, de expandir meus horizontes, de estudar em meu curso superior para ser melhor do que ontem, de comprar minhas roupas, sapatos, arrumar o cabelo, fazer minha maquiagem. Eu não podia dar um passo para melhorar minha autoestima. E mesmo eu sabendo que isto estava errado, eu pesava na balança e tinha aquela certeza (ilusória de que ter o amor ao lado era mais importante).
Mas hoje eu brindo a minha liberdade, sei que aquela que termina quando começa a do meu próximo, sei que aquela que possui o respeito e a caridade como base, ela sim, a mais simples liberdade de ser. Aquela com responsabilidades, com batalhas, com fadigas, com dúvidas, com problemas. Aquela liberdade de um ser humano normal.
Estou no final de uma etapa de cura espiritual e a maior prova de evolução será o perdão total do passado.
E como curar essa ferida? Já medicada, já enfaixada, já suturada.
A resposta é simples: O TEMPO.
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