TatybeTaty

Desde novembro de 2006 quando entrei aqui eu me propus a ser uma pessoa melhor. Tropecei muito, cai inúmeras vezes, recuei, parei, mas sempre depois me reergui e continuei meu caminho. E nesses altos e baixos da vida estava apoiada nesse lugar, que, antes de ser uma fundação de televisão, é uma casa e mora uma grande família. Nesse período todo muitos já saíram, já passaram por nós, mas sempre ficamos ligados numa rede de amizade que não acaba nunca. Já vi crescer muitas personalidades do meio através daqui. Já vi pessoas seguirem rumos distintos. Já vi quem não nasceu pra coisa descobrir seu novo caminho. Já participei de muitos caminhos desses e sinto aquele orgulho de mãe... Orgulho alheio, sabe? Hoje eu sinto que está chegando ao fim essa jornada. Talvez, espero, dure apenas mais um ano, mas já está finda essa missão. E que todos nós tenhamos uma nova jornada de muito sucesso, de amor, de paz, de alegria e de felicidade. E que trabalho nunca nos falte.

Há momentos que fico numa euforia interior que não consigo dormir. Ontem foi esse dia. Engraçado, que nunca mais tinha sentido isso, o coração disparado, a cabeça cheia de imagens bonitas, borboletas no estômago. Mas muitas dúvidas, aquele medinho da mudança, sabe? Aquela vontade de fazer o que nunca foi feito e ao mesmo tempo não querer mudar uma rotina já toda trabalhada para não sentir vazio algum. Não quero abandonar meus pequenos afazeres, e quero mudar toda a minha vida para ser mais amada, mais feliz... Uma noite acordada pensando, pensando, pensando... Só por causa do medo de baixar a guarda e abrir o coração pra um homem especial. Um homem que já chegou iluminando. Que nem sabe se vai querer ficar e já está fazendo planos pra um futuro distante. Vejo determinação e coragem nele. Vejo os olhos brilhando cheio de expectativas. Vejo além... Vejo sua vontade de ser e fazer feliz quem encostar (no caso: Eu!!!) Confesso mais ainda que não estou diferente dele. Eu quero fazer

Há pessoas sempre por perto... E um dia a gente tropeça... E eu que ando com medo de sair da inércia da solidão. Essa que já se apossou da minha tranquilidade. Essa que sabe me fazer leve, livre e solta. Essa que chega silenciosa e toma de conta. E eu que já aprendi a assustar quem só quer o que já está estampado na cara, no corpo, no ventre, no baixo-ventre. Ando falando demais de coisas que existem dentro, na alma, no íntimo, na sombra.  Falo desenfreadamente da mudança que me acomete todo dia. Falo de mudanças, de orgulho, de defeitos, de desapegos (e de apegos). Falo de luta, falo de filhos, falo de trabalho, falo de correrias... Falo, falo, falo... Até perder o fôlego num beijo, o mais caliente, o mais carinhoso, o mais saboroso de toda uma existência... E a inesquecível mania de ter Fé no que se sente.