TatybeTaty

 São quase meio milhão de brasileiros mortos desde o começo dessa pandemia. Tivemos medo de mudar antes, fizemos forças extremas para nos salvar. Começamos novos costumes, novas rotinas, deixamos de fazer muita coisa que amamos, paramos de abraçar, beijar, tocar aqueles que nos são caros... os planos foram estagnados, quem investiu perdeu tudo... o lema agora é SOBREVIVA. Como já falei, sinto-me no meio de uma guerra. No fronte, tendo que lutar todo dia, com as armas de Deus: AMOR, COMPAIXÃO E TRABALHO. Vencendo desafios antigos. Usando a mente com inteligência para não perder a sanidade diante de todos os problemas existentes.  Enquanto tanta gente morre ao nosso redor. Tanta gente adoece. Tanta gente sofre com as perdas. Tanta gente luta pela própria vida em hospitais, que já lotam seus leitos e apavoram todos nós... E se eu adoecer? Fico pensando como estaria se fosse eu no lugar dessas pessoas... é difícil até de imaginar, mas eu me ponho no lugar deles... Hoje minha irmã está com

 Então, de 1977 pra cá milhares de sonhos já se passaram.  Sonhava ser cantora. Sonhava ser astronauta. Sonhava ser aeromoça. Sonhava também ser mochileira, sem identidade e sem apego a nada. Ter um mês em cada canto do mundo, saber todos os segredos do Universo, ir pelo caminho de Compostela, sim, conhecer os segredos do vento. Sim, sonhava ser as personagens dos meus livros, não só a protagonista, pra avisar logo, o antagonismo sempre me atraiu, principalmente o mal bem intencionado, rsrsrs, mas não me leve a mal, te peço. Gosto de lembrar que eu realizei meus principais sonhos... muitos foram efêmeros. Eu já fui muito efêmera, a alma viajante, nômade, desconexa. Mas, hoje. Nossa, como mudei. Mas, a minha realidade me trouxe até aqui. Em julho completo 44 anos de vida nesta terra. Hoje sei da imortalidade, da transitoriedade, da evolução e, principalmente dos movimentos que a minha alma passa a todo instante, nem que eu não perceba. E o que sonho hoje é TER HARMONIA INTERIOR. É saber

 Eu moro em mim mesmo, não faz mal que o quarto seja pequeno, é bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas. Mário Quintana Desde 2016 resolvi morar sozinha. Não. Não foi uma decisão fácil. Na realidade queria morar com meus filhos e recomeçar uma  vida diferente da que estava vivendo,  as crianças já com opiniões, desejando um canto só delas, desejando crescer em algum lugar nosso. Mas, não foi isso que aconteceu. Aluguei um Ap pequenininho, tinha de móveis só um quarto, pois me desfiz de tudo o que tive de material um tempo antes, quando quis recomeçar... enfim. Ao sair, conversei com meus filhos e eles decidiram ficar na casa da mamãe. Claro, algo previsível mesmo. Eles cresceram lá, mesmo comigo junto. Eu sempre fui a provedora deles, então saía pra trabalhar, não tinha horário de sair e de voltar pela logística do meu emprego, dos meus empregos. TV sempre toma boa parte da minha vida, isso é fato. Mas, me garantia mantê-los em segurança e harmonia. Então, fui sozin

 E como a música tem me ajudado nesse momento de mudança. Esses últimos meses tenho me apegado tanto a minhas orações, que chego a estremecer em desejo de me conectar com Deus o mais íntimo possível. Eu oro em canções, eu canto, eu escuto as letras das canções, eu entoo canticos, eu escuto, eu me escuto, eu escuto a Deus nesses momentos. É tudo tão forte, tão intenso, tão verdadeiro. Agradeço pelas músicas que estão a meu dispor nesse momento. Hoje estou mais confiante de que TUDO VAI MELHORAR.  Como eu acredito nisso. Eu sei que preciso passar por tudo, preciso aprender, preciso crescer e preciso de tudo isso para ajudar muitas pessoas a passarem por tudo isso que passo agora, tenho certeza disso. Minha luta não é só para mim, acredite. Sigo firme no meu trabalho, graças a Deus, cada dia está melhor e eu sei que posso melhorar ainda mais. Sou eternamente, imensamente, intensamente grata a Deus por tudo.  Todo dia eu peço: Pai, que hoje eu seja contratada. Que eu posso reorganizar minh

Hoje está difícil, mas uma coisa eu sei, é preciso recuar quando a tempestade chega. Dia 01º de maio eu tive que sair da quitinete que morei durante 2 anos e meio em frente à casa de minha mãe, perto de meus filhos, irmãs e família... tive que sair, por pressão mesmo, não queria ir, estava mais tranquilo pra mim passar esse momento delicado perto de todos que me amam. Hoje, sem saber como irei ficar, sem saber como proceder, sem imaginar como será meu amanhã, eles estarão sempre comigo. Mas, eu precisei sair. A minha casinha era um lar tranquilo e acolhedor, era onde eu sonhava em ter minha casa com varanda, jardim e biblioteca, era onde eu aportava meus sonhos mil.  Hoje estou meio deslocada, com medo, ansiosa e fraca. Quero correr pro colo da mamãe, mas minha mãe é quem precisa de colo nesse momento e ela tem, graças a Deus, está bem cuidada, bem amada e muito mimada como sempre. E isso me deixa tranquila. Só que eu não posso dar preocupação pra ela. A casa dela aporta todo mundo, me