TatybeTaty

Há um lugar que você sempre sonhou. Há aquele momento em que tudo desabou. Há aquilo tudo o que você esperou... Amizades, flores, pêsames, costas, beijinhos... Tudo foi um, meio que, presente do ano que se passou... Hoje sem retrô... só o olhar no futuro... promissor. Ah, e agradecer as adversidades... Tudo é uma oportunidade para evoluir. Agradecer a oportunidade de respirar. Ano que vem tem mais... Amizades, flores, pêsames, costas, beijinhos... e provações.

Pai, Hoje eu entendo o porque daquela rede no meio da sala. Sua redinha era um escudo que nos protegia de todo mal do mundo. Sua redinha era um fonte, fonte de sabedoria para toda a nossa família e pra quem quer que encostasse nela. Aquela redinha era um pêndulo que nos guiava para um bom ou mal tempo. No meio da casa você comandava a vida de várias pessoas, protegendo, guiando. acolhendo, reparando, e mesmo com um jeito rude e zangado, era com todo Amor do mundo. Pai, lembro neste momento que em todos os meus passos eu carreguei os teus ensinamentos. Em alguns eu detestava, aqueles em que você me proibia sem dizer o porquê. Para o senhor o SIM era SIM e o NÃO era NÃO e pronto! Uma menina como eu não precisava saber de nada. Em outros momentos eu só agradecia a Deus por ter um homem tão forte e tão inteligente me protegendo de todo mal do mundo. E mesmo o senhor me tratando como uma menina indefesa e desprotegida, que precisa de alguém para cuidar; eu gostava e confortava com a

Contar as contas do terço, uma a uma, e depois tirar a prova na multiplicação e divisão, isso nessa semana tem se tornado uma constante na hora do terço em intenção ao espírito de papai... é o ápice da mania de contar tudo. Aliás contar é o que faço antes de ler qualquer frase na rua. A primeira coisa que faço ao deitar olhando as listrinhas do forro, as ripas da sala, da cozinha, do banheiro. Isso, pode dizer que é por isso que sou desligada do mundo, nem escuto nada, nem ve jo nada ao meu redor. Entenda que enquanto eu conto vou relembrando meus atos e me analisando, vou decidindo o que fazer amanhã, vou desapegando do que não posso conseguir, vou arquitetando como esquecer aquele amor que deixei ir, sem esforço, sem esclarecimentos, sem súplica nenhuma... Será Amor? Das 59 contas hoje eu sigo o conselho do padre Estevão, o italiano que tanto esbranqueci os cabelos com minhas sapequices na época da crisma: - Padre, eu não gosto de rezar o terço, é tudo muito mecânico

Deixar as palavras decifrarem a dor. Deixar as lágrimas decifrarem a revolta. Deixar o silêncio decifrar o rancor. Deixar o corpo decifrar as respostas. Deixar o minuto de insanidade decifrar a sanidade de viver... É o que resume essa noite de sábado. Buscando um esclarecimento consolador pras massas, que não compreendem o que é espírito burilado, o que é reparação circunstancial, o que é reforma íntima sem martírio. Descobrir que o acaso não existe. Descobrir que o milagre é uma manifestação natural da massa quintencenciada... Isso é mínimo diante de um turbilhão de sentimentos diante da morte de um espírito afim... Ter o conhecimento de um mundo paralelo... Isso balança estruturas, das mais sólidas... Mas engrandece... Hoje eu não sei quem eu me tornei há 4 dias. Se puder juntar os cacos... Se puder colar os pedaços... Se puder remendar os braços. Isso também passa.

E se o mundo paralelo fosse espelho desse? A Taty de lá estaria dançando enquanto essa imensa vontade de pairar no ar pulula aqui dentro? Hoje foi a missa de um amigo que inventou naquela mente fértil que o mundo paralelo é melhor que esse aqui. Ele quis porque quis dizer que lá ele vai ter em vez de problemas, soluções pras mazelas que construiu. Teimou naquela cabeça de vento que longe ia desembaraçar os nós que causou. Oh, bicho teimoso esse Carlim. Mas ele vai ver, que tem uma Taty lá que vai dar uns tráaaaa!!! Na cara dele, pra ver se cria juízo. Oh! saudade desgramada, seu porra.

E desde quando eu me imaginaria fazendo o livreto da Missa de sétimo dia dele? Organizar uma simples celebração cristã mexeu com as mais antigas lembranças do que meu herói gostava de fazer. O mais engraçado é que tudo isso eu detestava, na minha mais rebelde adolescência, que nem era tanta assim, só gostava de ser do contra, penso que todos os aborrescentes, oh! Adolescentes são, senão não seriam... Lembro-me que detestava os sermões, ah, sentar no pé da redinha para ouvir as lamúrias vindas de livretos da Igreja, os conselhos do padre, as intermináveis rezas que já sabia, porque mamãe passou a vida inteira fazendo ao meu lado. Eu odiava quando ele me chamava e eu não entendia e ele soltava um: você tá doente do ouvido, vai se tratar. Ownnnnn, não aguentava aquilo. Parece que era só eu no mundo que tinha um pai tão briguento e mandão que nem ele. Não, o que eu fiz pra merecer tanto sofrimento? A adolescente aqui foi uma rebelde sem calça... sem motivo nenhum, porque e

O discurso da matriarca dos Guimarães: Vá meu velho, tenho certeza que Jesus está de braços abertos te recebendo, te abraçando... Ei, vocês pensam que eu estou triste? Eu sou uma mulher feliz, por ter vivido 63 anos ao lado desse homem, por ter filhos, netos, amigos de meus filhos que também são filhos meus de coração. Eu sou uma mulher realizada. Olhem ao meu redor, eu tenho tudo. Vá meu amor pra morada do pai. A morada eterna. E assim ela me ensina mais uma vez a superar a dor com dignidade. * Obrigada a todos pelo carinho. Só o tempo é senhor do destino. MáDiLourde disse: Ele tava tão novo, tão bonito em sua despedida que eu tava namorando com ele. Sabia Taty? Eu me apaixonei por aquele homem de uns 40 anos, rejuvenesceu ali, muito vistoso, elegante... E todos os parentes e amigos ao redor dele, aqueles que ele admirava. Aqueles importantes, os netos, os filhos... Todos sabendo que ele foi importante pra vida deles... Eu quero agradecer a todas as palavras de co

A dor da perda veio em doses homeopáticas. Foram dias arrastados vendo meu herói se desligando do corpo físico, que já estava fraco, mesmo o cérebro funcionando a mil. Meu herói não perdeu sua lucidez em nenhum momento e saiu consolando os filhos e netos um por um, e olha que não são poucos... Pra mim, ele mandou eu ir pra missa e cuidar do Iago e da Iza, disse que eu preciso ficar perto dos meus irmãos pra me protegerem, pra ele eu não sei viver sozinha... E ele tem toda razão... Eu sempre fui a protegidinha do papai nas minhas cabeçadas pelo caminho. Quando estava em apuros ele só fazia dizer: - Venha pra cá que eu resolvo. Quando adoecia ele já sabia o remedinho que me curava. Quando eu me rebelava, sem causa, ele brigava dizendo que depois daquele portão existe todos os males do mundo, segurança, amor e paz só na barra da rede dele... E como era medroso... Ele sabia das mazelas do mundo e rezava 24h por todos da família, aquela boca pequeninha balbuciando o terço numa rapidez que n

Hoje meu espírito está voando para outra época. Quando eu tinha a coragem no meu coração e não sabia de nenhum mistério do ser humano. Só tinha na minha cabeça que o melhor da vida é correr, pular, brincar e passear por aí. Ver luzes, quanto mais colorida melhor!!! Ouvir música dançante!!! Comer bombom, chocolate, bolo, brigadeiro. Hummm Lembrei de ir à União no ônibus com meu herói. Ele comprava a passagem e dobrava como um canudinho e colocava na aliança para não perder. Tinha uma cadeira só pra mim, e quando chegávamos eu corria pra ver os porcos gigantes, eram maiores do que eu, kkk. E chamava de bode todos eles. Eram pretos, mas tão limpinhos, criados no meio da rua da casa da Dindinha. Tinha a Munda, a Beta que são minhas tias mas nunca quiseram ser chamadas de tia, kkk. Lembro do cheirinho da comida da Dindinha com cheiro de azeite de coco, hummm, tanta coisa gostosa da infância que hoje volta junto com a vontade de estar no colo do meu paizinho. Só saudade é o qu

Eu queria saber falar o que eu sinto agora depois de ver num canto de UTI o homem mais importante da minha vida. Mesmo sem eu lembrar de um carinho, nem afago, nem cafuné. Em suas palavras duras e voz hostil ele expressava toda sua proteção e força de um herói. Um herói da vida real. Que passou sua vida inteira de trabalho pra manter, educar e criar uma família de mais de 15 pessoas... Vida inteira de 86 anos... Não uma vida inteira de 37... Um homem cheio de sonhos... Um homem de verdade. Defeitos? Tem muitos. Qualidades normais de um ser humano em construção. Mas o que resta agora são seus frutos e as sementes que saiu a semear pelos solos do mundo, muitas vezes árido, seco, espinhoso, mas no momento certo um solo fértil. E por falar em fertilidade, não há exemplo melhor... (olho ao redor). 12 vidas que vieram intermediadas por seu gigantesco amor. Árvores frondosas, de galhos espessos, cheios de folhas, flores, frutos e sombra... Plantas que dão sombra... Plantas de

Eu gosto de ficar olhando pra esses 86 anos de herói que se guarda dentro deste corpo franzino. Ele tem força, tem garra, tem Fé. Ainda tem sua missão neste mundo... Voltou pra UTI hoje... Meu único herói. ... Esquisita essa sensação de que cada um tem seu tempo e que é individual a missão espiritual de cada um, enquanto que pra evoluirmos precisamos do outro. Engraçado saber que precisamos do outro pra chegar a Deus e nossa reparação só depende de nós mesmos. Eu quero que meus pais estejam presentes em corpo e alma em todos os meus momentos, mas ao mesmo tempo quero que eles sejam prósperos em sua missão, e sigam seu caminho em paz. Como é o apego, né? Um egoísmo camuflado de car inho e atenção, que a gente arrota alto chamando de Amor. E o Amor que Nosso Senhor Jesus Cristim pregou não tem nada disso. Não sufoca, não quer o mal, não apega, não dita regras... Quem sabe eu nunca amei como Ele amou. Eu nunca Amei. Pela lei um dia eu vou saber Amar. Pela lei, amanhã se

A menina inventou de arrumar o canto, aquele canto abarrotado de livros, bonecas, canecas e uma máquina de costura. Oxe, mas essa máquina não costura nada? Só ouço uma cantiga romântica nela. Será que foi a menina que tocou? Rum, esse negócio de arrumar arrumou foi uma grande ferida aberta pra essa doidinha... Que viu que não adianta amar aquele que prometeu eternidade. Tem que acreditar na energia. Poxa, vc encostava e sentia o frio nas mãos, vc olhava e via o abismo nos olh os, pra que diacho se prender numas palavras, que o vento bateu e mudou? Já disse, esse negócio de mexer em ferida não dá certo! Mas jogar aliança no lixo até que limpou o semblante da Menina desiludida da vida. Jogar fora os presentes, rasgar os bilhetes, varrer os pedaços de debaixo do tapete... Tudo foi pro lixo, até a dor. O quarto é outro e o coração quer fazer a mesma coisa. Mas ainda é cedo pra tirar o remendo. Só sei que a dor foi sorte. Destruída estaria hoje se tivesse a certeza de que ne

Eles vieram do PIAUÍ, MáDiLourde de Liberdade e Bené do Salobro. Sua descendência nasceu, segundo a Vozinha Maria Machado, de 7 irmãos portugueses que vieram da Cidade dos Guimarães para o Brasil e se espalhou pelos Estados do Maranhão, Piauí e Ceará. O Francisco Guimarães (meu tataravô) aportou em Liberdade, terra da Família Machado, na época. Facilmente, como todo Guimarães, ele se firmou na cidade e acabou casando com a filha do Dono, e tomou conta da Li berdade. Anos, décadas, séculos se passaram e nasceram Benedito, em 4 de julho de 1928, e Lourdinha, em 25 de fevereiro de 1935... Daí começou uma linda HISTÓRIA DE AMOR. Em 25 de dezembro de 1951, meus pais se casaram e começaram a ser FELIZES PARA SEMPRE. 12 filhos, 7 mulheres e 5 homens... que formaram 26 netos... que formaram 9 bisnetos... e a família está aumentando cada dia mais TODOS OS FRUTOS BONS. GRAÇAS A DEUS. E a fé deles é que une essa GRANDE FAMÍLIA GUIMARÃES até hoje.

Já disse mil vezes que passei a vida inteira à procura do meu caminho de aprendizado. Dei muitos passo errados, caí, tropecei, topei e me arrebentei inúmeras vezes que não sei mais nem contabilizar os estragos. O interessante é que em cada mancada eu trouxe um presente, um talismã, um biscuit de viagem. Se é que me entende. Só que nesse momento eu estou tendo a maior bênção da minha vida (à parte de todas as catástrofes que estão acontecendo comigo, ao meu redor). Preciso de sua compreensão pra me fazer entender, por favor, então te explicarei um pouco do que já sonhei: Quando eu era pequena acompanhava minha irmã no trabalho dela, que para mim era uma casa de sonhos, uma casa não, uma caixa de sonhos, era, porque tudo lá era quadrado e saía para uma TV, que também era uma caixa quadrada. Ela era produtora de uma TV local (a TV Timon) e tinha aquelas pessoas apressadas, ofegantes, cheias de papel e fitas na mão (na época eram umas U-Matic gigantes). Essas pessoas eram tão inte

Pra depois falar de cada momento

A sua vida vai ser bagunçada de acordo com o seu merecimento. Sabe, pedir paciência todo dia e não compreender o porquê dos problemas sem solução imediata. Pedir pra deixar de viver com orgulho e não compreender o porquê de ser humilhada. Pedir pra perder o egoísmo e se assustar em se ver ao redor tudo bagunçado, perdido, quebrado... Hoje dava pra respirar se não estivesse se preparando pra outra avalanche de desafios... Mas a cota de pedidos a Deus já esgotou, só resta trabalhar e seguir semeando em meu estreito caminho de espinhos e rosas. Estou numa angústia enorme com medo das menores mudanças... Mas eu sei que vai dar certo. E não espero nada pra mim além de mais trabalho.

Com Fé em Deus papai estará em casa. Mamãe estará forte. Juninho alegre, como sempre. E todos nós unidos em um só propósito. Vamos refazer essa foto. Um presente para os 63 anos de casados de nossos pais!!!

O que me incomoda hoje é saber pouco. Angustio-me pela falta de uma sabedoria que o tempo que tenho aqui já me traria se tivesse buscado saber desde tenra idade. Hoje tudo em mim me incomoda. Não caibo mais dentro dessa menina que construí. Essas paredes ao meu redor trancafiam uma alma expansiva, pulsante, transformadora de si. E onde vou encontrar minha paz? Devo parar de querer saber mais? Ignorar o significado de tudo o que toco? Não mais perguntar? Ter medo do desprezo de quem sabe? E de quem não sabe, também?

Dos sustos do fim de semana eu não peço mais nada de Natal. I'm promisse. Na verdade o que é melhor é tudo ficar normal. As mesmas coisas com defeito. O cupim comendo a madeira velha. A bagunça no quarto que não acaba. Meus livros espalhados nas cadeiras, pela casa. Os problemas financeiros. Os sonhos perdidos. A roupa velha. O ano novo. A falta de tranquilidade. O trabalho exagerado. A culpa nas costas. Os pedidos de perdão antes de dormir. Não Pai, não deixa nada se acabar, não, Pai.

E qual o conceito de família? Do evangelho são espíritos simpáticos que se unem a fim de reparação para evoluir e alcançar a Deus, ou espíritos em reparação entre si. Ah, mas que conceito grande e complicado, o que família quer dizer mesmo? Caramba, você nasce no meio de um bando de gente maluca, cada um tem um jeito e pensa que é o centro do universo e todo mundo sai louco atrás de sua própria história mas sempre volta pro mesmo lugar: e que lugar é esse? O colo dos pais. Aqueles que fizeram de tudo pra gente nascer. E quando eles se tornam frágeis a gente se reencontra e em nossas loucuras diferentes descobrimos que somos iguais. Queremos a mesma coisa. Buscamos ser do mesmo jeito no fim da vida. E desejamos chegar na mesma idade. E eu nem sei dizer o que significa tudo isso.

MáDiLourde hoje está me ensinando que: - Ah, você está perdendo? Está sofrendo? O mundo está desabando? Rum, eu já sabia. Nem adianta ficar entediada em casa, se lamuriando, pensando na morte da bezerra. Vambora sair, passear, almoçar num lugar chique e ver gente. Depois a gente vê o que sobrou. E segue a vida com Deus no coração. * Com meu paizinho na UTI a gente está procurando administrar a tristeza e acreditar mais que tudo vem para nossa evolução nesse mundo. Um real aprendizado.

Pedir oração para quem crê. Pedir vibração para quem emana. Pedir um minuto de prece pra quem acredita que a união de boas energias salva uma doce vida. Poxa, as palavras engasgam nas inquietações. O que é certo? Calar quando o coração grita? Falar baixinho e compassado quando o espírito burila? Sorrir quando os olhos choram? Eu quero que as minhas letras falem, no seu idioma falho e insensato. Quero libertar essa chama acesa pra fora desse pequeno espaço interior, onde tem uma curva, a curva que mora o vazio. Há espaços infinitos em mim, ocupando território minado. Há pequenos espaços de infinitos sentimentos. E na tempestad e tudo se mistura como ventos quente e frio. Esbarram, se tocam, ressoam... A dor... Meu sino mais espontâneo da lição não aprendida. Há dor pra ser esquecida... Ahhhh dor, vivida. Minha base em provação, um dos três pilares fragilmente tecendo a despedida em suas mãos. Pai, único protetor, Amor verdadeiro que aprendi a compreender, recebi sem carinho mas

Pra hoje só penso em ter saúde e harmonia no povo lá de casa. Que o meu quarto chegue logo. Que minha filha passe no teste que vai valer pra mim. Que meu paizinho saia desse hospital bem melhor, e menos frágil. Que minha nega seja forte e tranquila na sua difícil jornada, estamos juntas. E em 2015 TUUUDO VAI DAR CERTO. Que o dia termine bem.

Engraçado que quando é para uma coisa grandiosa dar certo na minha vida eu acabo por perder outra coisa grandiosa, um grande Amor pra vida inteira (que nunca dura muito). Notei que eu me entrego inteiramente a um outro alguém e espero tanta intensidade quanto e acabo me decepcionando com as coisas pequenas, a cumplicidade diária, a doação sincera, a amizade verdadeira. E tudo o que era positivo vira negativo, a virtude virou defeito, o diferente virou inconveniente, e assim vai. Eu não tive que perder um pra conseguir o outro, Não. Eu perdi. Perdi o jogo mesmo. Errei. Vacilei. Caí por terra. E entreguei os pontos. Desisti. Desisti quando senti o meu pior aflorando para tentar conseguir o melhor do outro. Desisti quando vi minha aura escurecendo com sentimentos ruins. Desisti quando a linha tênue do Amor se desfez, e eu nem vi em que momento isso aconteceu. Ouvi de um mestre, uma vez, na adolescência que quando matamos nossos sonhos, ele fica lá. E mesmo a gente continuando a vida, conq

Roubei do livro de minha adolescência.

2014 eu tive tudo o que pedi a Deus, ele me presenteou com muitas coisas boas e com muito aprendizado. Eu tive as melhores sensações e experimentei coisas novas com gente legal. Eu fui atrás de um sonho e realizei. Eu encontrei pessoas que valeram a pena, e pena que foi só por um instante. Eu me vi recebendo as consequências de meus atos do passado. Paguei muitas contas de erros. Recebi recompensas pelos acertos. Ou seja, posso dizer que estou quite com o papai do céu? Rum, que nada. Ainda estou engatinhando nessa conversa aí de reparação para a evolução. Nem sei se estou fazendo tudo certo. Mas sei que preciso me doar ao próximo sem esperar nada em troca. Mas é tão difícil largar esse orgulho besta e deixar de lado esse egoísmo podre que tenho dentro de mim. Aaaaffffff. Estou tentando. Quero sair dessa bem melhor do que entrei há quase 38 anos. TUUUUUUDO VAI DAR CERTO!!!

A história foi assim: A menina, aquela mesma menina vazia de outrora, conseguiu alcançar um grande objetivo, numa semana de novembro do ano mais especial de todos os tempos vindouros. Mas no mesmo dia ela viu sua maninha descobrir uma doença tão chata e tão ruim que a deixou arrasada. Depois de ter uma noite de oração e meditação e sono bem reconfortante, ela foi trabalhar, lá no lugar que ela sempre sonhou. Pegou seu ônibus, cedinho, depois de se perfumar toda e usar aquela roupa nova que guardara. No percurso ficou somando, dividindo, multiplicando e diminuindo os presentes recebidos por Deus no bendito ano. Quase perde a parada certa, foi descer e sentiu um chamado de Deus para se alertar e cabrum!!! Torceu o pé. A dor foi tamanha que a vista escureceu e nem deu pra ver os anjos de plantão que a ajudaram a sair debaixo do pneu do ônibus, e crec! Peraí minha filha que eu vou botar ele no lugar! Crec! Crec! A dor aumentou tanto depois de um senhor simpático tentar ajeitar o que e

Às vezes só é necessário excluir pessoas que te machucam, que esperam fazer de seu Eu um outro alguém que já morreu. Apagar lembranças boas, atreladas às más que sondavam que nem espinhos. Abandonar de vez o que nos faz mal, mesmo que dentro esteja a melhor das intenções para você se enquadrar a um estereótipo de moça de família. Se libertar de olhares que nos prendem, julgando, medindo, aumentando, diminuindo. Mas atingindo sempre. Espero o melhor que a vida tem pra me dar. Espero o pior das consequências dos meus atos, tanto certos, quanto errados. Ouso? Arrisco? Ainda não. Mas não desisto jamais de lutar dia dia pelo meu objetivo. E quem me ama, entrego toda a minha gratidão e sigo junto... sempre... família. E o resto? Quem precisa de resto pra ser feliz? (- Parafraseando)