Uma única oportunidade de aprender com o Mestre
Já disse mil vezes que passei a vida inteira à procura do meu caminho de aprendizado. Dei muitos passo errados, caí, tropecei, topei e me arrebentei inúmeras vezes que não sei mais nem contabilizar os estragos. O interessante é que em cada mancada eu trouxe um presente, um talismã, um biscuit de viagem. Se é que me entende.
Só que nesse momento eu estou tendo a maior bênção da minha vida (à parte de todas as catástrofes que estão acontecendo comigo, ao meu redor). Preciso de sua compreensão pra me fazer entender, por favor, então te explicarei um pouco do que já sonhei: Quando eu era pequena acompanhava minha irmã no trabalho dela, que para mim era uma casa de sonhos, uma casa não, uma caixa de sonhos, era, porque tudo lá era quadrado e saía para uma TV, que também era uma caixa quadrada. Ela era produtora de uma TV local (a TV Timon) e tinha aquelas pessoas apressadas, ofegantes, cheias de papel e fitas na mão (na época eram umas U-Matic gigantes). Essas pessoas eram tão inteligentes e tão bonitas que eu quis ser uma delas quando crescesse.
Lógico que eu cresci com isso no meu coração e no momento oportuno tudo deu errado. Não segui nos estudos regulares, tive que enveredar pelo ensino técnico profissionalizante e escolhi. Engraçado que minhas escolhas seguem o crivo do coração, voltando mais um pouquinho, aos meus 7 aninhos, meu pai queria muito que eu estudasse no colégio católico que existia perto de casa, lá era particular e ainda hoje é a escola mais cara de Teresina, mas ele conseguiu o que poucos pais conseguiam para seus pobres filhos: uma bolsa integral mediante um teste de aptidão feito lá. O Dom Barreto era o terror das escolas para as crianças que circundavam o prédio e como eu morava na Campos Sales temia demais ficar como minhas amigas: presas, com óculos fundo de garrafa e lotada de livros para ler diariamente, fora rezar a missa todo domingo de manhã. Não deu outra, fiz o teste com a certeza de que não iria passar. A verdade é que eu sabia 9 das 10 questões, só não sabia a última que era:
10. Qual a raiz quadrada de 25?
Só que nesse momento eu estou tendo a maior bênção da minha vida (à parte de todas as catástrofes que estão acontecendo comigo, ao meu redor). Preciso de sua compreensão pra me fazer entender, por favor, então te explicarei um pouco do que já sonhei: Quando eu era pequena acompanhava minha irmã no trabalho dela, que para mim era uma casa de sonhos, uma casa não, uma caixa de sonhos, era, porque tudo lá era quadrado e saía para uma TV, que também era uma caixa quadrada. Ela era produtora de uma TV local (a TV Timon) e tinha aquelas pessoas apressadas, ofegantes, cheias de papel e fitas na mão (na época eram umas U-Matic gigantes). Essas pessoas eram tão inteligentes e tão bonitas que eu quis ser uma delas quando crescesse.
Lógico que eu cresci com isso no meu coração e no momento oportuno tudo deu errado. Não segui nos estudos regulares, tive que enveredar pelo ensino técnico profissionalizante e escolhi. Engraçado que minhas escolhas seguem o crivo do coração, voltando mais um pouquinho, aos meus 7 aninhos, meu pai queria muito que eu estudasse no colégio católico que existia perto de casa, lá era particular e ainda hoje é a escola mais cara de Teresina, mas ele conseguiu o que poucos pais conseguiam para seus pobres filhos: uma bolsa integral mediante um teste de aptidão feito lá. O Dom Barreto era o terror das escolas para as crianças que circundavam o prédio e como eu morava na Campos Sales temia demais ficar como minhas amigas: presas, com óculos fundo de garrafa e lotada de livros para ler diariamente, fora rezar a missa todo domingo de manhã. Não deu outra, fiz o teste com a certeza de que não iria passar. A verdade é que eu sabia 9 das 10 questões, só não sabia a última que era:
10. Qual a raiz quadrada de 25?
Pois é, eu não sabia disso... não me condene.
Mesmo sabendo de tudo, até hoje eu vejo em minha mente as nove respostas dadas por mim naquele teste, em letras garrafais, maiúsculas e desconjuntadas: NÃO SEI.
Cumpri minha missão de criança, frustrei o sonho de meu pai e segui o ginásio normal numa escola nova e simples chamada Cipreve. Fiquei até o 1º ano do segundo grau lá quando meu pai, outra vez sonhando com minha ascensão profissional e social e pessoal e transcendental, me colocou na ETFPI para fazer o teste do Curso de Contabilidade para trabalhar em banco junto com meu padrinho no BB ou com minha irmã na Caixa, ambos concursados e declaradamente ricos. Mais uma vez eu me deixei levar pelo coração e procurei ser a pior no teste, outra vez. Parecia uma burrona, mas também sabia quase todas as questões, só que nem entrei na sala pra responder. Por essa minha decisão, aos 15 anos, passei por perrengues e deixei meu pai na pior financeiramente. Foi um ano difícil, minha irmã ajudou muito, mas estragou meu cérebro, quando tive uma forte deprê... deixa pra lá. No ano seguinte, resolvi fazer o teste da ETFPI no curso que eu escolhesse, e escolhi o curso que tivesse em seu currículo o nome TELEVISÃO. Não deu outra: ELETRÔNICA. Lá ia eu completar meu destino, realizar meus sonhos, ser uma daquelas pessoas loucas, correndo pra lá e pra cá com papéis e fitas gigantes...
Nesse meio termo fui crescendo, fui aprendendo outras coisas, fui me aperfeiçoando até chegar hoje, aqui, com 18 anos de experiência profissional, ainda aprendiz, cheia de espaços vazios prontos para serem completados e com uma vontade imensa, gigante, infinita de ser melhor do que ontem. E deixando de lado todas as notícias ruins do últimos tempos (perder o noivo, irmã e papai dodóis, mãos vazias ainda, etc) eu estou me sentindo abençoada em um mês conviver com pessoas de energia boa, num ambiente tranquilo e que deixa em você o perfume da prosperidade.
Na realidade, na real mesmo, eu estou num lugar que sempre sonhei estar: numa produtora, aprendendo, aperfeiçoando, conhecendo coisas novas, mergulhando num mundo novo e com o toque de um Mestre. Um homem inteligente, sábio e iluminado, que faz de sua profissão seu caminho de luz. Eu estou tão encantada com isso, mesmo sabendo que é passageiro, que é um treinamento rápido e superficial em relação a tudo o que eu desejo aprender com ele, mas está sendo muito precioso esse momento. Procuro fazer o melhor de mim, apesar das adversidades. Estou buscando a nascente dessa fonte de sabedoria e quero ter mais chances de aprender com ele.
Sei que ele não dá muita atenção pra mim, claro, estou lá por outra fonte, para outro objetivo do que aprender com ele. Mas, para mim, essa menina vazia, cada fio de aprendizado é um livro para minha ignorância.
Agora vamos ter um recesso (que eu não queria, de jeito nenhum, porque meu tempo já é pouco) e eu fico pensando como vou ficar sem beber dessa fonte tanto tempo.
Quero aprender cada dia mais. Quero absorver tudo o que me for de merecimento como aprendiz. Eu sonho mesmo é SER EDITORA DOS TRABALHOS DELE. E hoje é só o que eu peço a Deus em minhas orações: capacidade para fazer um bom trabalho.
E que um dia ele possa olhar pra mim como a pessoa certa para fazer o trabalho certo.
Que todos os meus desejos se transformem em oração agora. Assim Seja. Graças a Deus.
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