TatybeTaty

 Hoje quero recomeçar a escrever o que me move aqui dentro. Vivi esse último ano de 2022 como um turbilhão de sobrevivência, dia após dia, mês após mês, momento após momento... que hoje paro e digo pra mim mesma: GATA, VOCÊ CHEGO ATÉ AQUI, NÉ? Desde o 3 de dezembro de 2021 que me marcou muito... (volte alguns posts para entender) eu imagino a vida tão breve, tão tenra, tão frágil... fico naquela sensação de que vou embora a qualquer momento e esse qualquer momento pode ser agora, pode ser daqui a pouco, pode ser daqui há 30 anos ou mais... sei lá. O medo da morte? Não. O medo de deixar meus filhos sozinhos nesta Terra? Simmmm. Fico tentando me imaginar no mundo espiritual e eles aqui, sem o porto seguro deles... que se acaba de trabalhar para manter o mínimo possível pra eles. Que faz mil coisas pra ter um pouco de paz e tranquilidade com eles. Que busca sempre fazê-los sorrir e ficarem tranquilos no dia a dia, mesmo não podendo dar tudo de material pra eles. Que só quer que eles e...

 Esse ano de 2022 me mudou muito. Estou mais leve, mais livre, mais forte. Mas, também estou mais vazia por dentro, mais cheia de dúvidas, mais procrastinadora, mais desapegada e bem menos romântica, aliás, não faço mais esse tipo de última romântica do pedaço não. Passar 3 dias numa UTI me fez perder o medo de viver pequenas coisas, que não me permitia. Passei a ver meus erros com mais respeito no sentido de aprendizado. Passei a olhar as pessoas como seres errantes mais em constante evolução, por estarem evoluindo é que erram. Passei a ser grata a cada momento que passo nesta Terra porque sei que posso desencarnar a qualquer momento.  E se eu morrer hoje? Deixo pouca coisa. Deixo sonhos. Deixo meus filhos e poucas pessoas que me amam como eu realmente sou. Deixo várias coisas por fazer. Mas, sinceramente, não farei muita falta nesse mundo não. E tá tudo bem. Hoje não possuo nada. Não estou apegada a ninguém. Tenho filhos lindos e independentes, mesmo um ainda sendo adolescen...