Numa manhã de março

Acordar com vontade de escrever a alma (descrevê-la, melhor dizendo) é um tanto instigante.
De pronto me pergunto: O que está acontecendo, menina?

É que as coisas ao redor estão mudando, de um jeito para melhor, de outro... de outro para melhor também, pois qualquer mudança é para melhorar o espírito.

Ano que passou estava a procura de tudo o que estou encontrando agora. Sei que encontrei porque eu procurei, lógico. Mas, sei também que eu encontrei porque eu pedi. Pedi a Deus mais uma oportunidade para fazer as coisas certas, para seguir o caminho da luz (que é árduo, diga-se), pedi para ter o que tinha antes de ter perdido para hoje fazer a coisa certa e não mais errar.
Mas será que eu consigo? Hoje me vejo com os mesmos pensamentos errôneos de antes, pensando em fazer as mesmas bobagens, pensando em seguir pelo mesmo largo caminho...

Preciso parar mais uma vez meus pensamentos e limpar essa sujeira, e recolocar as ideias no lugar e depois disso tudo seguir no caminho certo...

Tive atropelos, quedas, obstáculos muito significativos que me fazem pensar no quão sou pequenina ainda para Deus. Tenho intolerância a burrices, sabendo que sou burra em muitas coisas. Tenho impaciência com o óbvio, sendo que sou altamente previsível, como tudo que odeio.

Estou numa fase de desapego emocional que é muito boa, mas também é muito perigosa, porque eu simplesmente deixo ir. E deixar ir pode ser um indício de pouca importância.

Tantas coisas já deixei ir, sem dizer adeus, sem olhar pra trás (eu).

O tempo está passando devagar para eu prestar atenção aos detalhes.

Nada é em vão nos meus dias.


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