E se eu morresse hoje?

A cada dia que passa fico vendo a morte de uma forma diferente, mais íntima, como se ela fose minha única certeza, como se  tudo o que ficasse em minha mão fosse do mundo e nada me pertencesse de verdade e eu só tivesse tendo a honra de sentir, de provar, de escutar, de ver... A morte de uma forma mais próxima, mais íntima, mais amiga. A morte deveria ser venerada como a vida e devíamos festejar quem na vida passou e aprendeu, e cresceu, e floresceu. O último dia de nossa vida devia ser festejado, em comemoração e não chorado, a saudade devia ser um sentimento bom, de alguém que se tornou importante, essencial, na nossa vida.

Eu quero um velório de FESTA no dia da minha morte. E quem me ama, saiba que é uma dádiva ser o que sou, ter o que tenho e frutificar como frutifiquei. É uma dádiva conhecer pessoas lindas, especiais. É uma dádiva fazer parte. E que essa parte foi para um lugar melhor, bem feliz!!!

E se eu morresse hoje, deixaria minha marca.

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