Não se esqueça que, às vezes, é preciso parar. Ou os pés ficam feridos, a mente se distrai e o cansaço empobrece a busca. A tradição acadêmica tem o “ano sabático”; a cada sete anos de trabalho, o professor passa um ano longe da universidade. Ao sair da rotina, ele abre espaço para novos conhecimentos. Na antiguidade, os camponeses dividiam sua terra em sete terrenos: a cada ano, um deles ficava abandonado, sem produzir nada. Ali cresciam ervas daninhas, mato, tudo que a natureza tivesse vontade de produzir sem interferência do homem. Desta maneira, a terra se revigorava e era capaz de - no ano seguinte - aceitar a semente do agricultor. Quem não para por livre vontade, termina sendo paralisado pela vida. Na busca - como em tudo o mais - ação e inação tem a mesma importância. (Por Paulo Coelho) Tantos anos de ação me cansam a mente hoje, o corpo ainda é firme, o passo titubeia, a mente roda... Já alcancei objetivos concretos, já busquei novos objetivos, já corri de objetivos incertos e já joguei minhas pérolas aos porcos... Agora o que quero mais??? Parar. E deixar o meu chão se fortalecer de novo. dividir o meu terreno e abandonar essa parte que é das ilusões, da paixão, da loucura... Passar um ano me renovando com experiências, luz, meditação, extravagâncias. Preencher meu vazio (a parte do terreno abandonado) com o 'nada'. E nesse nadismo reencontrar a minha liberdade interior.
A história da menina do pé quebrado
A história foi assim: A menina, aquela mesma menina vazia de outrora, conseguiu alcançar um grande objetivo, numa semana de novembro do ano mais especial de todos os tempos vindouros. Mas no mesmo dia ela viu sua maninha descobrir uma doença tão chata e tão ruim que a deixou arrasada. Depois de ter uma noite de oração e meditação e sono bem reconfortante, ela foi trabalhar, lá no lugar que ela sempre sonhou. Pegou seu ônibus, cedinho, depois de se perfumar toda e usar aquela roupa nova que guardara. No percurso ficou somando, dividindo, multiplicando e diminuindo os presentes recebidos por Deus no bendito ano. Quase perde a parada certa, foi descer e sentiu um chamado de Deus para se alertar e cabrum!!! Torceu o pé. A dor foi tamanha que a vista escureceu e nem deu pra ver os anjos de plantão que a ajudaram a sair debaixo do pneu do ônibus, e crec! Peraí minha filha que eu vou botar ele no lugar! Crec! Crec! A dor aumentou tanto depois de um senhor simpático tentar ajeitar o que e...
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