Frio na barriga

Há três dias estou experimentando o frio na barriga, como se fosse a primeira vez. Vejo-me destreinada de tudo o que tange a uma sedução, acho que nunca soube seduzir, estar no comando da situação, fazer acontecer numa paquera, se isso me aconteceu não lembro agora.
Mas isso é bom!
É bom saber que ainda existe homem carinhoso, atencioso, inteligente e tranquilo.
É melhor ainda saber que esse homem já fez parte da sua vida, e no instante que fez, marcou.
É mais gostoso saber que ficou o gosto, o cheiro, o toque... ficou guardado durante os anos esquecidos, 18, na memória.
Mas o melhor é ter a liberdade de sorrir de tudo, relembrando coisas que pareciam desapercebidas, mas que fizeram-se sentir.

Há três horas estou experimentando o medo de me perder do equilíbrio que conquistei, da paz interior, da harmonia diária, da organização conquistada durante esses meses de solidão. Acho que estou me acostumando a ser sozinha. Acho que quero me perder outra vez. Acho que não.

E o frio na barriga, então!
Com sabor de fruta mordida

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