Amo meu trabalho. Amo tanto, por tão pouco que agora fazem 15 anos que estou nele, apesar de ter aprendido aos trancos e barrancos, de ter corrido atrás sozinha, de ter passado por preconceitos por ser uma área quase que totalmente masculina, em 1997 era assim, por ter estudado, pesquisado, passado horas em pé atrás de quem sabia e que admirava demais, por ter feito belas amizades, irmãos de coração, por ter feito de vários anos a minha casa, priorizando o suor derramado, o sangue doado, as forças, a inteligência, a coragem. Hoje eu festejo com orgulho o que me tornei, mesmo não tendo aprendido a usar meus rendimentos em bens materiais, pois me desfiz de tudo na pior fase da minha vida para sobreviver a uma forte depressão. O que me tornou forte, madura e melhor. Eu me tornei dona de mim, eu me tornei mãe, eu me tornei profissional na minha área e ainda não fiz nada. Não fiz nada, porque a tecnologia é o carro chefe do meu trabalho, e quando aprendemos umas coisas aqui, tem mil coisas ali para aprender, e quando temos chance de aprender um equipamento novo, em menos de 1 ano ele pode se tornar obsoleto, e quando pensamos que podemos parar a poeira come nossa oportunidade de dar mais 10 passos.
Minha inquietação, tagarelismo mental, ansiedade exagerada veio do meu trabalho. Eu não nasci pra ter rotina, pra fazer todo dia a mesma coisa, pra não ter oportunidade de aprender na prática, todo dia, toda transmissão, toda gravação...
Estou muito feliz por estar aonde estou, mas sei que ainda é só o começo.
Dia 11-04-2012 faço 15 anos de profissão nessa área audiovisual, e ainda estou engatinhando nesse caminho, árduo caminho de espinhos e rosas, rosas vermelhas, rosas cheirosas.
Estou muito feliz por estar aonde estou, mas sei que ainda é só o começo.
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