Iza, 10 anos de princesa

Hoje, parei e pensei: Poxa, há 11 anos eu estava num momento impulsivo e intenso da minha vida, e tinha conhecido o amor pela primeira vez, reciprocamente, e tinha me encantado como o mundo ficara iluminado e radiante a minha frente, e eu desejei, quis, planejei (com tabelinha e tudo) ter meu ventre abençoado. Não pensava em mais nada, só concretizar aquele sonho, que veio aflorar através de um pedido de amor, que na época era eterno, como todos os amores são eternos, enquanto duram.
E desejei, sonhei, orei, roguei e pedi incessantemente até uns meses depois eu conseguir. ENGRAVIDEI.
Quando senti o primeiro pulsar, como se eu fosse uma piscina e um mergulhador estivesse brincando dentro de mim, cresceu um sentimento novo, conturbador, incondicional em meu coração que me transformou. E ainda não era nada. Após os 8 meses (que ela veio meio apressadinha), tiraram um pedaço de mim, e o doutor, delicado, a jogou em cima de mim, e eu senti um vazio dentro e um pedaço meu em cima de mim, com fome, quente, gordinho. ERA O MEU CORAÇÃO.
Desde então, eu não sei mais explicar, é um misto de medo e orgulho, angústia e satisfação, fraqueza e força infinita que mexe comigo. Eu posso ser o que for, mas com ela eu sou só uma boba, medrosa, menina desajeitada. Dela eu observo a grandeza, a inteligência (e lágrimas rolam em minha face só em pensar que não consigo conter tanto amor).
Minha princesa é tudo o que eu nunca imaginei ser. Num toque mais sutil, elegante, sábio de ser mulher, menina, mãe, irmã, amiga... Ela é tudo pra mim, e eu dependo da força dela pra viver.
Entre lágrimas de felicidade eu repito pra mim mesma, sem acreditar hoje:
DEPOIS DE AMANHÃ, A METADE DO MEU CORAÇÃO, QUE SAIU DE MIM, COMPLETA 10 ANOS.
E eu sou a mãe mais feliz do mundooooooooooooo


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