O último baile no Reino da Rainha - Final
... E no meio da festa, em que corpos suados, iluminados que cantarolavam com extravagância a música acelerada cadenciando as batidas do coração, estava lá a Rainha solta, livre, linda mas com a certeza de que o momento chegara.
E a música parou de uma vez só. Atônitos o convidados olharam para o céu estranhando o rufor do trovão, o anúncio de que algo se quebrou, despedaçou e caiu... Ao correr para o pátio do Castelo iluminado, ao levantar a vista para o céu todos ficaram com medo, com muito medo: a natureza se abriu.
Não existia mais divisões na Terra de Teresa (a menina Teresa Cristina), os rios estavam conseguindo naquele momento realizar o grande sonho de se encontrarem em toda a sua extensão. As ondas que se formaram por causa da tempestade parecia o mar, e sem querer a Rainha provou das gotas de chuva e não eram mais água doce que caía, um fenômeno inexistente até aquele momento, aquele instante de terror: água aquecida, água salgada, água amarelada...
E depois de todo o alvoroço todos foram embora e a Rainha ficou só, sem olhar pra trás, ela seguiu seu caminho contemplando a chuva, o céu, o chão enlameado, de uma lama iluminada que descia de suas costas.
Aquele brilho que ela conhecia, aquele brilho que acompanhara durante todo o seu reinado...
Aquele brilho que ela não olhou pra trás pois sabia de tudo o que havia deixado...
Ela sabia de tudo o que havia largado...
Ela sabia de tudo o que não mais havia...
E depois dessa caminhada, exaustiva, observando seus próprios pés, como estavam brilhando, como estavam firmes, como eram precisos, como eram vivos, a Rainha levantou o olhar...
E ao levantar o olhar ela se assustou e temeu o que estava por vir, pois não conhecia mais a Terra de Teresa (da menina Teresa Cristina), não! Não era mais a Terra Encantada da Menina, era um lugar diferente... tinha um brilho estonteante, calor, verde, muito verde, barulho, gente diferente e uma faixa de Boas Vindas: sem nenhuma palavra.
E a música parou de uma vez só. Atônitos o convidados olharam para o céu estranhando o rufor do trovão, o anúncio de que algo se quebrou, despedaçou e caiu... Ao correr para o pátio do Castelo iluminado, ao levantar a vista para o céu todos ficaram com medo, com muito medo: a natureza se abriu.
Não existia mais divisões na Terra de Teresa (a menina Teresa Cristina), os rios estavam conseguindo naquele momento realizar o grande sonho de se encontrarem em toda a sua extensão. As ondas que se formaram por causa da tempestade parecia o mar, e sem querer a Rainha provou das gotas de chuva e não eram mais água doce que caía, um fenômeno inexistente até aquele momento, aquele instante de terror: água aquecida, água salgada, água amarelada...
E depois de todo o alvoroço todos foram embora e a Rainha ficou só, sem olhar pra trás, ela seguiu seu caminho contemplando a chuva, o céu, o chão enlameado, de uma lama iluminada que descia de suas costas.
Aquele brilho que ela conhecia, aquele brilho que acompanhara durante todo o seu reinado...
Aquele brilho que ela não olhou pra trás pois sabia de tudo o que havia deixado...
Ela sabia de tudo o que havia largado...
Ela sabia de tudo o que não mais havia...
E depois dessa caminhada, exaustiva, observando seus próprios pés, como estavam brilhando, como estavam firmes, como eram precisos, como eram vivos, a Rainha levantou o olhar...
E ao levantar o olhar ela se assustou e temeu o que estava por vir, pois não conhecia mais a Terra de Teresa (da menina Teresa Cristina), não! Não era mais a Terra Encantada da Menina, era um lugar diferente... tinha um brilho estonteante, calor, verde, muito verde, barulho, gente diferente e uma faixa de Boas Vindas: sem nenhuma palavra.
Seja Bem Vinda Rainha!!! Bem Vinda ao mundo real!!!
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