Nesse hospital, só

Por mais que eu esteja na multidao, ando sempre so.
Quando caio, as maos que me oferecem sao poucas, as mesmas e estao tao velhinhas, calejadas, frageis demais.
Quando caio, tenho que procurar o lugar pra cair, pois ninguem vai me segurar, nao tenho ombro, colo, presença forte pra segurar uma Menina fragil como eu nesse momento.
E eu sei que ninguem tem culpa disso, eu que criei essa onipotencia, esse super-poder, sei la, todo mundo se acostuma com a Menina forte, saudavel, inabalavel que, se eu sumir, nao faço falta, nao faço falta...
Espero que seja assim quando eu morrer...
Como em vida, que seja a morte.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A história da menina do pé quebrado

A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas ”... Mário Quintana.

Diálogo entre Rei e Rainha