Eu não sei na verdade quem eu sou

E o que eu sou?

Sou gente. Ah, gente. 
Sou bicho. Bicho de gente.
Sou troco. De balcão de feira.
Sou cisco. De olho de gente.
Sou pingo. De tempo quente.
Sou bola. De sabão.
Sou farelo. De pão quente.
Sou gordura. De torresmo.
Sou dose. De cerveja.
Sou merenda. De caldo ardente.
Sou mala. Largada no caminho.

E o meu valor?

Tão cara quanto um centavo guardado no bolso do short velho esquecido no fundo do balde de roupa suja.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A história da menina do pé quebrado

A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas ”... Mário Quintana.

Diálogo entre Rei e Rainha