Uma dose de amor, por favor!

Uma dose caprichada, com direito a mancada, a sem jeito, a palavra cruzada, a aperto de mão gelado, a olhar mudo, calado.

Uma dose abusada de más intenções, aquelas de arrepiar os quinhões, com fama de mal falada.

Dá-me a dose mais genero

sa, aquela dose deliciosa, que estremece até o mais bruto ser.

Nesse dia, cansada, eu quero mesmo é ser amada, na mesma medida da meiota, aquela da garrafa, antes da gelada, com tira-gosto de carne-de-sol, com farinha, servida na cumbuca.

Dá-me tudo o que eu não mereço, dá-me tudo o que eu preciso.

Na dose. De gole em gole, por favor!!! (Taty)

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