Um poema lindo

Há braços, no abraço.

Há braços, que indicam direções.
Há braços, que suportam pesos.
Há braços, que se mantêm presos.
Há braços, que embalam canções.

Abraços, sempre aquecem emoções.
Abraços, sempre são surpresas.
Abraços, sempre são sutilezas.
Abraços, sempre têm suas razões.

Há braços, que se apertam feito nós.
Há braços, que se abrem em espanto.
Há braços, que são iguais a um manto.
Há braços, que, sendo dois, nunca estão sós.

Abraços, sempre lembram um cós.
Abraços, sempre poderão ser fraternos.
Abraços, sempre poderão ser eternos.
Abraços, sempre poderão substituir a voz.

Há braços, que se omitem.
Há braços, que se estendem.
Há braços, que nos ofendem.
Há braços, que nos permitem.

Abraços, sempre guardam lembranças.
Abraços, sempre marcam com seu carinho.
Abraços, sempre haverá pelo caminho.
Abraços, sempre renovarão as esperanças.

Paulo Eduardo da Rocha, magnífico
do blog http://poeticamentemodificado.blogspot.com/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A história da menina do pé quebrado

A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas ”... Mário Quintana.

Origem da Família Guimarães Rocha