Para os 3 pais da minha vida
Eu conheço pai ausente
pai autoritário
pai protetor
pai ciumento.
A idéia que tenho de homem dono de casa é meio obscura, porque sempre vi meu pai de 'longe' (mesmo ele nunca ter se separado de minha mãe, há 60 anos), como que num pedestal.
Cresci entre muitos irmãos, 11, e nunca me senti só, mas sempre tive um medo de meu pai, suas palavras eram trovoadas, ele nunca me deu palmadas, mas exercia uma força sobre mim através de palavras duras, de conversas dolorosas, de dedo apontado no nariz, de ordem.
Eu sempre tinha a ordem, o princípio, a ética, a boa educação na ponta do dedo do meu pai.
Só na adolescência eu fui entender o porquê de tanta ordem, de tanta imposição, eu comecei a compreender porque ele tinha medo de eu sair sozinha, de eu abraçar qualquer homem, de eu entrar num carro de um desconhecido, aceitar um bombom de qualquer pessoa, andar de bicicleta (nunca deixou e eu travei e não aprendi, até hoje), dormir na casa de amigas, passear sozinha na praça Saraiva, ou Pedro II, ou da Bandeira (morávamos na Av. Campos Sales) até 1987. Só depois compreendi que ele tinha razão, o quanto uma mente pode ser má e me levar para um caminho doloroso e sem volta. Desde então passei a ter medo, até hoje tenho medo, e meu medo me faz travar em vários aspectos, mesmo eu estudando o que há em mim, tento vencer dia-dia cada medo que me amarra. Mas meus medos também me fizeram ser uma pessoa bem melhor.
Pelo medo eu me respeito
pelo medo eu imponho respeito
pelo medo eu planto respeito.
Quando me apaixonei e casei, meu segundo pai, o pai da minha filha, comportou-se igualmente a meu pai. Não sei o que o atraiu em mim, talvez a proteção, os cuidados, os sonhos de namoro me fizeram acreditar em todas as suas promessas e montar uma vida linda ao seu lado. Foi em vão, tudo desmoronou porque éramos duas almas despreparadas e com caminhos distintos, mas fomos felizes os 6 anos que convivemos e frutificamos um ser lindo, inteligente, íntegro e forte: Iza.
Quando eu me vi sem ninguém, passei a pedir a Deus uma segunda chance de ser feliz, veio meu terceiro pai, o pai do meu caçula, comportou-se igualmente a meu pai. E dele veio a parte mais dolorosa, o pior do meu pai que não conhecia, que minha mãe exitava em contar. O homem machista... deixa pra lá. Com esse terceiro amor eu descobri que não existia certezas, que tudo pode ser nada, e uma grama verdinha pode estar cheio de lama, de lodo, de lixo por baixo dela. Mais uma vez tive o espelho de meu pai.
A conclusão que tiro é que li no livro: MULHERES QUE AMAM DEMAIS, que a mulher sempre procura no homem que vai amar o pai, aquele que idolatrou quando criança, mesmo se decepcionando com seu jeito depois, e que quando cresce fica no inconsciente tudo o que a leva a se confortar, porque aquele homem que parece com seu pai ela vai saber agir, vai prever o que poderá acontecer, vai se comportar como a própria mãe.
Agradeço aos pais da minha vida a VIDA que me deram.
Ao Seu Guima, a minha vida.
Ao Jorge, a minha filha.
Ao Paz, o meu filho.
pai autoritário
pai protetor
pai ciumento.
A idéia que tenho de homem dono de casa é meio obscura, porque sempre vi meu pai de 'longe' (mesmo ele nunca ter se separado de minha mãe, há 60 anos), como que num pedestal.
Cresci entre muitos irmãos, 11, e nunca me senti só, mas sempre tive um medo de meu pai, suas palavras eram trovoadas, ele nunca me deu palmadas, mas exercia uma força sobre mim através de palavras duras, de conversas dolorosas, de dedo apontado no nariz, de ordem.
Eu sempre tinha a ordem, o princípio, a ética, a boa educação na ponta do dedo do meu pai.
Só na adolescência eu fui entender o porquê de tanta ordem, de tanta imposição, eu comecei a compreender porque ele tinha medo de eu sair sozinha, de eu abraçar qualquer homem, de eu entrar num carro de um desconhecido, aceitar um bombom de qualquer pessoa, andar de bicicleta (nunca deixou e eu travei e não aprendi, até hoje), dormir na casa de amigas, passear sozinha na praça Saraiva, ou Pedro II, ou da Bandeira (morávamos na Av. Campos Sales) até 1987. Só depois compreendi que ele tinha razão, o quanto uma mente pode ser má e me levar para um caminho doloroso e sem volta. Desde então passei a ter medo, até hoje tenho medo, e meu medo me faz travar em vários aspectos, mesmo eu estudando o que há em mim, tento vencer dia-dia cada medo que me amarra. Mas meus medos também me fizeram ser uma pessoa bem melhor.
Pelo medo eu me respeito
pelo medo eu imponho respeito
pelo medo eu planto respeito.
Quando me apaixonei e casei, meu segundo pai, o pai da minha filha, comportou-se igualmente a meu pai. Não sei o que o atraiu em mim, talvez a proteção, os cuidados, os sonhos de namoro me fizeram acreditar em todas as suas promessas e montar uma vida linda ao seu lado. Foi em vão, tudo desmoronou porque éramos duas almas despreparadas e com caminhos distintos, mas fomos felizes os 6 anos que convivemos e frutificamos um ser lindo, inteligente, íntegro e forte: Iza.
Quando eu me vi sem ninguém, passei a pedir a Deus uma segunda chance de ser feliz, veio meu terceiro pai, o pai do meu caçula, comportou-se igualmente a meu pai. E dele veio a parte mais dolorosa, o pior do meu pai que não conhecia, que minha mãe exitava em contar. O homem machista... deixa pra lá. Com esse terceiro amor eu descobri que não existia certezas, que tudo pode ser nada, e uma grama verdinha pode estar cheio de lama, de lodo, de lixo por baixo dela. Mais uma vez tive o espelho de meu pai.
A conclusão que tiro é que li no livro: MULHERES QUE AMAM DEMAIS, que a mulher sempre procura no homem que vai amar o pai, aquele que idolatrou quando criança, mesmo se decepcionando com seu jeito depois, e que quando cresce fica no inconsciente tudo o que a leva a se confortar, porque aquele homem que parece com seu pai ela vai saber agir, vai prever o que poderá acontecer, vai se comportar como a própria mãe.
Agradeço aos pais da minha vida a VIDA que me deram.
Ao Seu Guima, a minha vida.
Ao Jorge, a minha filha.
Ao Paz, o meu filho.
FELIZ DIA DOS PAIS.
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