Do medo da Menina (de André Café)

Do medo da menina, que por incrível que pareça
a domina com pressa, como presa divina


É bem assim, como uma história comum
complexa por capricho ou suplício
da natureza culta, mente sã
e de repente, ataca-se sua sina
e nasce esse medo da menina
de curta abertura, para coração fechado
e aquele que antes parecia amigo
és hoje malfadado bandido
com intenções efêmeras e lascivas
mas tudo isso na mente da menina
que à espera na janela de cavaleiros tortos
impregna-se apenas de pesos e correntes
o horizonte foca apenas um palmo de paixão
e perpetua-se essa sina
menina, ouro da mina, culta, curta, camaleoa
que se despede ao primeiro sinal
verdadeiro de uma possível felicidade
na mesma verocidade sutil
que se enclausura em delírios vazios
(André Café)



P.S.: E a Menina que de nada vê na janela além de histórias que não é dela, escreve a sua própria morte, não como o fim, mas o recomeço. Mesmo sendo delírios, mesmo sendo vazio.

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