O Paladar da Dona Menina

O sal desaparece do prato lotado de massas, carnes, feijões.
O tempero é escasso, e só um óleo reluz a luminosidade solar na hora de engolir.
E tudo é engolido
Sem o prazer da salivação
Sem o prazer da mastigação
Sem prazer algum
A nutrição pode até sustentar um corpo grande, pesado
Mas o peso é da gravidade de não ter leveza na alma
Ahhh, mas quando a alma fica leve
O prato insosso e calórico é renegado
Novos sabores entram na boca, ficam na boca, descem pela língua
E o prazer de ficar sem comer, de procurar a fome outra vez, de negligenciar a necessidade
Faz renascer novos sabores.
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O salgadinho mais doce que já provei |
Pode se tornar uma taça de fios de ovos, da cor de ouro, do valor de ouro
Um salgado, ali, guardado, bem a sua frente
Pode ser o doce mais doce que o doce de batata doce da face da Terra
(Salgado mais doce que a Menina já provou)
E ao provar desse novo sabor pode nascer uma nova Menina. Pode nascer uma verdadeira paixão.
E o que não dizer do 3º sentido do ser humano.
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