Emanemo-nos amor


E o que é o AMOR?

Eu nunca soube... em toda a minha vida nesta encarnação nunca abri o meu conhecimento para o amor verdadeiro. Jamais vi a caridade, a resignação, a bondade, a brandura e, principalmente, o desapego como a principal prova de um AMOR REAL.

Nesses mais de 30 anos fui egoísta, orgulhosa, prepotente, vaidosa e até pedante para as pessoas ao meu redor. Aos 26 de idade tive a oportunidade de mudar, não entendi o presente que me foi dado por Deus e continuei agindo com o orgulho e o egoísmo, pai de todas as mazelas do mundo. Aos 30 anos caí, na lama da minha ignorância, da minha brutalidade, dos meus enraizados erros... e a dor dilacerou minha alma, que precisava passar por isso para abrir o seu entendimento diante da Divina Misericórdia do Pai... e mais uma vez eu fui abençoada, fui acolhida, fui guiada e guardada por Seus anjos guardiães...

De lá até aqui estou numa busca incessante pelo meu autoconhecimento, pela minha missão verdadeira, pela mudança de raiz, a raiz errante. Hoje eu sei que tenho a obrigação moral de melhorar a cada dia, sempre hoje melhor que ontem, sempre amanhã melhor hoje, sempre, sempre e todo dia.

Mas eu sei o quão é difícil retirar a vaidade, o orgulho e o egoísmo, que alimentei durante anos com o nome de AMOR PRÓPRIO. E hoje eu sei que o amor a si mesmo é o amor a Deus, à sua palavra, ao seu caminho e se resume numa ação única e salvadora: CARIDADE. Eu nunca fiz caridade, nunca me doei sem esperar um 'Muito Obrigado' de alguém, nunca dei sem esperar um sorriso de gratidão. E agora estou tentando exercitar o desprendimento, o real desapego a coisas fúteis, a mansuetude nas ações, o silêncio diante de conversas nocivas e deixar morrer a ideia de ser porta voz de notícias ruins para as pessoas que me rodeiam.

Estou arrependida de tudo o que fiz, do que sabia que era errado, mas, principalmente, do que achei certo.
Arrependo-me de ter sorrido em frente a dor de quem magoei um dia, de ter escrito, falado e deixado nas entrelinhas facas, armas que abriram feridas em seus corações. 
Envergonho-me de ter tirado a paz de pessoas que tentaram me magoar, tentaram de tirar a paz, tentaram me derrubar e me fazer indigna de seguir o caminho de Deus. Eu me arrependo de ter sido vingativa, mesmo não tendo externado essa vingança, mas só de ter sentido, no fundo do peito dolorido, magoado, quando a ferida estava aberta e sangrando. Hoje eu não tenho marcas no meu corpo, mas tenho marcas na alma de tanto ferimento profundo que dilacerou-a, mas depois de 3 anos tudo está cicatrizado, ainda cheio de marcas, mas tudo está medicado, já não precisa mais de ataduras, nem de medicamentos fortes, químicos, físicos. O que trabalho agora são os medicamentos enviados por Jesus Cristo através de sua palavra, que desbravo dia dia com tanto amor, tanta gratidão, tanta felicidade.

Estou curada, mas ainda uso o tratamento para ajudar a cura de outras pessoas, usando a verdadeira caridade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A história da menina do pé quebrado

A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas ”... Mário Quintana.

Diálogo entre Rei e Rainha