Escrever pra mim é...



Sempre tive medo da morte. Mas penso nela como uma obrigação da vida. Já até pensei como seria a vida sem a morte, como seria a vida sem problemas. Sempre tive medo da vida após a morte.
Sou de família católica, vivi minha vida ativamente na Igreja quando era criança e na juventude. Sou sensitiva, sensível, cinestésica. Ultimamente ando aprendendo sobre equilíbrio emocional, superação, cura de traumas, cura de problemas do espírito. Leio muito sobre misticismo, mito, relatos de pessoas que superam a vida com a descoberta da lei máxima da vida: "Ação e reação". Leio poesias, leio música, leio, simplesmente. Hoje estou mudando, de uma forma única, não como magia, não como acaso, mas como a natureza em seu ciclo, seu tempo, sua lógica simples: colhendo o que se planta, reagindo as mudanças, nada por acaso, tudo com a explicação da lei máxima da vida.
O que eu acho diferente em mim é que escrever é essencial. Desde a infância relato meus pensamentos, experiências, sentimentos e dúvidas. Relato muito também minhas vontades, que em sua maioria não se transforma em realidade, em fatos. Eu escrevo pra qualquer pessoa ler, eu escrevo pra ninguém entender. Antes eu escrevia poemas, depois contos, depois cartas, escrevi até músicas e hoje eu escrevo a alma. Eu descrevo a minha alma, sem medo. As vezes até me arrependo do que falo, mas sinto que era preciso, essencial.
Hoje eu troquei meus cadernos por este blog, que tem a sutil diferença de quem tem acesso a minhas leituras. Antes, ninguém. Agora, o mundo.
E o mundo tem a liberdade não apenas de ler, mas de opinar sobre minha alma, com total liberdade, mesmo pedindo um pouco de respeito e compreensão de que são minhas as palavras, meus os pensamentos, satisfação interior propriamente dita.

Escrever pra mim é RESPIRAR.

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