VIDA ÚTIL DE UM CORPO DE MULHER

Hoje vieram me falar de meu corpo.
Como eu "era" linda aos 20 anos (12 anos atrás), quando jogava Capoeira, quando malhava todo dia. Como eu "era" jovial, com tudo no lugar, jeito faceiro, pele limpinha, jeito de menina.
Hoje vieram me falar de como me vestia, jeans rasgado, folgado, no pé da barriguinha gordinha, mas bem definida. das blusinhas regatinhas, soltinhas, curtinhas.

Eu ouvi tanta coisa, que deu até saudades de ser jovem de novo. Sem filhos, perfeitinha, gatinha (como os amigos dizem que eu "era").

Mas isso me levou a uma questão: o que é um corpo bonito diante de uma alma iluminada? O que importa ter jovialidade e não ter brilho no olhar? Até que ponto é importante manter o corpo jovial se a experiência de ser mãe, amamentar, carregar no colo é essencial para a perpetuação da espécie?

E QUEM DISSE QUE EU ESTOU TÃO FEIA ASSIM? ORA MAIS...

Dá vontade de rir. kkkkkkkkkkkkkk

Éhhhh!!! Pelo visto hoje eu fui pega pra cruz, todos estão me avaliando, me olhando, me criticando aqui.

Mas, cada um sabe a ruga que carrega.

E o que é essencial é a validade da alma. Quanto tempo dura o amor no coração, a caridade, a compaixão, a doação.

A validade da alma é que faz uma mulher ainda jovial depois dos 30 (mais precisamente 32, tá?)
Eu tenho orgulho de meu corpo hoje, pois nele está a marca de minha felicidade.
De dentro pra fora, de fora pra dentro.