Domingo em família
Meus belos pais. Hoje me deu uma dorzinha no coração. Sei lá, aquele sentimento de que está chegando ao fim um clima tão gostoso de estar entre eles... Minha mãezinha estava muito dodói, com uma forte gripe, de cama mesmo, quase inconsciente. Hoje acordou esperta pedindo pra todo mundo sentar na mesa, comer juntos, numa vontade de juntar a família como nunca mais ela tinha falado, pediu tanto pro papai sair de sua redinha, onde fica o dia todo, pediu pra eu sair do computador que passo o dia inteiro, pediu pros netos saírem da frente da TV que não piscam os olhos. Chamou quem estava em casa pra compartilhar de um momento sublime e me pediu pra fotografar tudo. Eu fiz com todo prazer, mas me veio aquele friozinho na costela, de que sempre que uma vida chega ao fim, existe o momento de lucidez. E até agora eu estou com medo, rezando muito pra ser só um má impressão de um pedido de mãe. Quem sabe seja só o medo dela de ir logo e não poder usufruir de uma coisa tão simples que é reunir de novo a família na mesa de jantar.
E como é complicado juntar os 12 filhos, os 25 netos e os 6 bisnetos (contando com os 2 do Daniel que estão chegando de uma vez só e o do Kael que tá em Picos).
A bagunça é natural e eles adoram isso. Quer ver meus pais adoecerem é não ter criança em casa, e os filhos não virem visitar quando podem. Cada um é um ser único e diferente, minha mãezinha mesmo diz: "Todos saíram do meu ventre como obra de Deus, mas não existe um igual ao outro".
O neto caçula e o chamego da casa, tudo está girando em volta dele. Iago Paz. E eu ainda me preocupo em ter um filho extremamente mimado, mas pra quem sabe como ele lutou pra chegar, dá toda razão aos paparicos. A Iza só quer comer, gulosa da mãe. O papai só babando o bebê dele que faz pose com a Tia Norma. Amo todos.
59 anos de casados. Almas gêmeas.
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