Ponto cego no Dia dos Namorados

Ponto cego é um local no campo da visão em que não há células sensíveis a luz.
No amor, ponto cego é um momento em que não conseguimos entender o que sentimos. 
Meu ponto cego interior se dá pela minha inexperiência de ver as coisas como realmente são. 
Conversando com uma nova amiga, a Soninha, vi o quanto ainda sou romântica, apaixonada e iludida no assunto. Eu sempre estou fantasiando o 'príncipe encantado no cavalo branco', 'a tapera na beira do mar', 'a ilha deserta ao lado do homem perfeito', '24 horas de amor sem cessar'. Isso pode até parecer estranho, mas é cientificamente comprovado: "Eu sou mulher".

E como mulher vejo meu namoro acabar sem poder fazer nada, porque não é para eu fazer nada. Porque o tempo e a distância matam pequenos sonhos e engradecem sonhos gigantes, e eu tive um pequeno sonho com um homem extremamente romântico, educado, sensível, de bom coração e que vê uma mulher como uma pedra preciosa, em que se deve cuidar, guardar, usufruir e se deliciar com sua beleza. E na despedida que não teve adeus eu sinto um vazio de ter que aceitar a vida como ela é. E ter que novamente me envolver no meu ponto cego, onde nada é visto, nada é observado.
Nesse momento eu me comprometo em, a partir de hoje, enamorar-me. É sim! Dar-me momentos de prazer, de mimos, de presentes, de distração, de amor. Valorizar-me como se não houvesse amanhã.

Amanhã vou me presentear. Vou ter um dia lindo. Vou provar o meu amor por mim.
E deixarei escondida essa carência de alguém que amo tanto, que quero ver feliz em sua liberdade e que vou guardar para sempre no meu coração (sempre não é todo dia).



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