Violetas na Janela

Ontem terminei de ler a história da Patrícia e confesso que estou emocionada. Ao mesmo tempo em que me ponho no lugar dela: E se eu morresse hoje?

Lendo meus escritos, desde os 11 anos tenho muitas histórias criadas por mim, através de contos, de poesias, de músicas, de versos, de frases... de tudo um pouco, sem regras, sem métricas, sem rimas... mas uma das sequencias que mais me impressionam e que nunca deixei de fazer, instintivamente é a prosa: E se eu morresse hoje? Digo aqui que só faço esses pensamentos quando estou depressiva, ou perdida em minhas indagações. E eu revejo cada etapa da minha vida. É tão engraçado saber que muita coisa eu conquistei. A primeira vez que escrevi foi mais ou menos assim:

Se eu morresse hoje
Morreria inocente na arte do amor, morreria sem conhecer um calor, morreria sem sentir o melhor sentimento da vida
Se eu morresse hoje
Morreria sem saber o que é mais lindo da vida, ser mãe, morreria sem ter dado continuidade a minha existência

Isso eu fiz aos 16 anos.


Depois eu fiz já conquistado o primeiro amor
Depois eu fiz ao perder o primeiro amor
Depois eu fiz ao conquistar meu primeiro curso profissional
Depois no meu emprego mais sonhado desde criança
Nas decepções, nas angústias, nas dúvidas, no primeiro filho, na conquista do segundo amor, no segundo filho, no momento mais depressivo, na decisão mais dolorosa da minha vida e ao ver que sou mãe  não saber o que fazer para ter meus filhos protegidos e bem cuidados sem eu estar presente. 

Confesso mais que o que me emociona é ver que eu sei que tudo isso um dia vai acabar e não importa o que tenho mas o que sou. As coisas materiais, os problemas, as necessidades são terrenas e não me acompanharão para onde for, seja lá para onde eu for.

Patrícia me fez ver muitos medos meus. E hoje só tenho a agradecer a Deus pelas oportunidades.

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