A morte da Dona Menina

E desde cedo ela tremia ao pensar que amanhã não mais existiria
Só para exorcizar tanta energia, que por dentro a consumia
A Menina
Menina vazia
E desde cedo ela escrevia, rabiscava, tentava até desenhar
Só para externar tanta magia, loucura, desejos
A Menina
Menina com medo
E sempre e todo dia ela quer ser inesquecível
Nem que seja pra ela mesma
Nem que seja pra um alguém que sempre procura no infinito, no irreal, nos sonhos
Sonhos de Menina
A Menina possuía
E mesmo crescendo, vivendo, correndo
De Menina não saía
E mesmo morrendo ela ia
Coitada da Menina vazia.

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