Sensações estranhas: do Guardar
Tempo de plantar |
Eu nasci numa família grande, pobre e de muita Fé em Deus. Nunca vi perto de mim tristeza por não se ter heranças, terras, gado, imóveis, negócios grandiosos. Sempre vi garra, força, inteligência e perseverança em se tirar com suor o essencial, o necessário e o supérfluo até. Tudo saído do trabalho incessante, das vicissitudes da vida, das adversidades dos homens, da bondade de Deus.
Não sei guardar um pouco do pouco que ganho mensalmente, sempre tem algo a fazer, sempre tem coisa mais importante que guardar, sempre tem problemas a resolver, sempre tem alguém pra dar, de alguma forma.
Mas eu quero ter a minha casa própria. Um bem material que já tive e me desfiz quando me vi na lama da depressão e num beco sem saída. Desfiz-me e fui ser feliz, não me arrependo. Agora eu quero um lar de paz, amor, saúde, segurança e Fé, em harmonia sempre com o que há de bom no mundo. Na verdade eu quero formar um lar para acolher, para proteger meus filhos quando eu não estiver mais nesse mundo, pois sempre tenho o pensamento de que vou para uma vida melhor em breve, antes, preciso terminar minha missão aqui. Eu quero um lar, plantado, adubado e colhido por mim e meus filhos... eu sei que este ano é tempo de plantar, e quando tive esse aviso ano passado, não tinha nem a mínima ideia do que significava, mas eu sei que foi um aviso de Deus, através de meu Anjo Guardião, pra me fazer seguir sem esperar nada em troca imediatamente. Quem sabe seja na próxima vez que eu voltar, né? Só Deus sabe.
Não tenho nada guardado, além de livros, e são poucos aos olhos da minha vontade de guardar.
No mais só coisas descartáveis, com prazo curto de validade.
No mais, sem nada mais. Só o amor que encobre um mar de pecados.
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