Perdida, depois de um estranho sonho
Ando pra frente, mas estou meio perdida em meus pensamentos hoje. E se tudo fosse diferente? Mas eu sei que estou colhendo o que plantei no passado e nem espero outra coisa agora. Mas e se o SE fosse o real?
Tenho a forte sensação de que estou na contramão da história, hoje vejo pessoas mais conscientes do que é medir um sentimento, barrar um impulso, enquadrar um desejo, uma sensação.
Cada dia que passa eu fico mais consciente de que sei pouco sobre a vida, que tudo o que vivi não presta mais pra nada, que a única coisa que vale a pena são meus filhos e família.
E hoje estou a me perguntar se viver guiada pelo coração vale a pena.
Ser guiada pelo coração vale a pena?
Na verdade verdadeira eu nunca soube interpretar meus desejos. Cresci com a ideia de que estava certa e tudo o que desejava era normal pra uma garota como eu. Repensando minhas atitudes, hoje relembro como uma cena desfocada e P&B, vejo que a inocência nunca deixou de existir em mim. Ainda hoje me vejo em situações constrangedoras de momentos em que só queria sentir uma energia e sou barrada por um sequência de lógicas racionais, até confundo tudo isso com algo ilícito, sem parecer vítima (por favor não me entenda assim, vitimizada, eu imploro) me vejo tão errada em amar, em ajudar, em acolher que estou voltando pra minha carcaça, aquela que criei na infância pra me proteger, nela eu sou rude, grosseira e estúpida, nela eu sou um bicho acoado, nela eu sinto frio e o frio não me é bom conselheiro.
P.S.: Ontem sonhei com um homem, estranho, me oferecendo carinho, amor, me chamando para ele. Eu sentia vontade de ir, mas algo me paralisava, a mão dele pegando a minha mão, aquela mão petrificada, áspera, morna, eu olhava pra mão dele e via um ferimento enorme, um rasgo nos dedos e aquele inchaço já de vários dias de machucado, eu não sentia medo, mas ficava pensando se era bom estar ali, se era legal eu pensar em querer ele. Não lembro de suas palavras, mas lembro bem de seu olhar sem brilho, de seu rosto sem expressão de nada, mas via que ele me chamava, depois quando decidia ir com ele, ele virava as costas pra mim e ficava pegando umas bebidas numa mesa de bar, colocando num copo e oferecendo para umas pessoas, ele não virava mais pra mim, mesmo eu pegando nas costas dele e chamando: Ei, olha, vamos. Ele não me ouvia mais e eu saía daquele lugar, que nem sei onde era.
Tenho a forte sensação de que estou na contramão da história, hoje vejo pessoas mais conscientes do que é medir um sentimento, barrar um impulso, enquadrar um desejo, uma sensação.
Cada dia que passa eu fico mais consciente de que sei pouco sobre a vida, que tudo o que vivi não presta mais pra nada, que a única coisa que vale a pena são meus filhos e família.
E hoje estou a me perguntar se viver guiada pelo coração vale a pena.
Ser guiada pelo coração vale a pena?
Na verdade verdadeira eu nunca soube interpretar meus desejos. Cresci com a ideia de que estava certa e tudo o que desejava era normal pra uma garota como eu. Repensando minhas atitudes, hoje relembro como uma cena desfocada e P&B, vejo que a inocência nunca deixou de existir em mim. Ainda hoje me vejo em situações constrangedoras de momentos em que só queria sentir uma energia e sou barrada por um sequência de lógicas racionais, até confundo tudo isso com algo ilícito, sem parecer vítima (por favor não me entenda assim, vitimizada, eu imploro) me vejo tão errada em amar, em ajudar, em acolher que estou voltando pra minha carcaça, aquela que criei na infância pra me proteger, nela eu sou rude, grosseira e estúpida, nela eu sou um bicho acoado, nela eu sinto frio e o frio não me é bom conselheiro.
P.S.: Ontem sonhei com um homem, estranho, me oferecendo carinho, amor, me chamando para ele. Eu sentia vontade de ir, mas algo me paralisava, a mão dele pegando a minha mão, aquela mão petrificada, áspera, morna, eu olhava pra mão dele e via um ferimento enorme, um rasgo nos dedos e aquele inchaço já de vários dias de machucado, eu não sentia medo, mas ficava pensando se era bom estar ali, se era legal eu pensar em querer ele. Não lembro de suas palavras, mas lembro bem de seu olhar sem brilho, de seu rosto sem expressão de nada, mas via que ele me chamava, depois quando decidia ir com ele, ele virava as costas pra mim e ficava pegando umas bebidas numa mesa de bar, colocando num copo e oferecendo para umas pessoas, ele não virava mais pra mim, mesmo eu pegando nas costas dele e chamando: Ei, olha, vamos. Ele não me ouvia mais e eu saía daquele lugar, que nem sei onde era.
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