Pra DIRETOR DE TV ver...


Diferença entre 'Direção de Tv' e 'Direção de Programas'

FONTE: Prof. Moysés Faria - UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

O diretor de programas é o profissional responsável pelo planejamento e execução dos programas dramáticos, jornalísticos, esportivos, musicais e outros. Ele é quem escolhe os planos a serem usados nas cenas. 
O diretor de imagem é o profissional responsável em executar esses cortes no tempo correto e preciso. Ele dirige os operadores de câmera, seleciona as imagens e monta as cenas ao vivo (sem os recursos apropriados da edição).Enquanto o diretor faz a marcação orgânica do elenco, o diretor de imagem escreve no seu roteiro a ação dos atores e a movimentação das câmeras no estúdio de TV, ou seja, ele anota o que cada câmera irá fazer naquele momento: se o plano vai fechando ou não após aquela fala, se após a fala seguinte o ator vai andar até determinado lugar, se é preciso abrir ou fechar a lente de uma câmera, tudo isso faz parte do trabalho do diretor de imagem. Ele acompanha o diretor e providencia o que pediu durante os ensaios da gravação. Um diretor de imagem experiente executa seu trabalho sem necessidade de falar com o diretor de programas, porque já possui habilidade e sabe pela movimentação dos atores como a cena vai terminar.


PLANEJAMENTO E DIREÇÃO DE IMAGENS:

Planejamento:Não há produção sem planejamento. O diretor tem que saber o que é necessário para a realização de um produto para televisão, muito antes de começar a produzir. Antes da execução é necessário planejar o que se espera realizar. Em televisão, todo o plano de trabalho e roteiro, são elaborados com riqueza de detalhes que importam no desenvolvimento técnico, artístico e operacional da produção. O planejamento deve responder, pelo menos, três perguntas fundamentais: Onde estamos; onde queremos chegar e como chegar lá?!. 1º - Onde estamos? Quais são os nossos recursos disponíveis? Quais são os nossos pontos fortes e fracos? Etc.2º - Onde queremos chegar? Quais serão as nossas metas? O que iremos produzir. Para quem iremos produzir? Etc. 3º - Como chegar lá? Quais são os melhores caminhos para alcançar as metas e chegar aos objetivos?A Televisão é um veiculo de comunicação de massa importante na educação, entretenimento, informação, interação, possibilitado pelos seus programas dramáticos, musicais, shows, jornalismo, comédia, especiais, eventos, esportes, circuito fechado, Internet, etc. Tudo isso é televisão, e precisa de planejamento para comunicar ao público. Portanto, para um bom planejamento de produção há de se cumprir, pelo menos, dez mandamentos: 1- Faça com que a produção trabalhe "em equipe".2- Faça fotos da locação e estude todas as possibilidades de sua utilização. 3- Solicite por escrito, autorização para gravar em lugares públicos ou de terceiros.4- Faça lista de tudo que necessita nas gravações, incluindo: capas de chuva, sacos plásticos, fitas adesivas, caixas de ferramentas e primeiros socorros, telefone celular e rádios de comunicação, e um grande quadro para anotações de todos os figurinos, objetos de cena, e nomes dos atores. Este quadro deve ficar fixado na entrada da produção, com horários telefones e etc.5- Fique atento para que, no “set” de gravação, a captação do áudio não fique comprometida por ruídos de ventos, celulares, soluços, espirros, fungadas, gases, aviões, carros, buzinas, bomba d´agua do vizinho, latidos de cães, etc., que podem destruir horas de trabalho em poucos segundos.6 - Economize, mas com critério. Materiais importados e extremamente caros adotados na cenografia não se revelam na tela. (tecidos importados, etc.).7- Confirme a presença de todos com antecedência e tenha sempre os contatos para solucionar atrasos ou faltas. Certifique-se que os atores convidados decoraram as suas falas e estão cientes da suas marcas. Aceite, com carinho, sugestões dos atores em relação à cênica do olhar e gestos. Bons atores sabem falar com o corpo.8 - Respeite a sua equipe. O bom diretor não perde a calma e não grita com sua equipe. Mesmo que tudo saia errado procure uma saída utilizando sua intuição. Não permita que pessoas fiquem no estúdio falando alto ou fumando. Trabalhe concentrado e com atenção. Afine a iluminação antes de cada cena. Anote a seqüência e o número da tomada e do plano na claquete. Bata a claquete antes da ação. Repita a cena até se dar por satisfeito. Consulte sempre o continuísta ou a equipe de som para ver se você não deixou escapar nenhum erro. Não deixe os atores na frente da câmera forçarem ou perderem à naturalidade. Bata o branco da câmera para que as cores fiquem corretas. Veja sempre o material gravado no monitor. O color-bar deve ser gravado antes do início do trabalho. (na edição todo esse procedimento facilitará o trabalho do editor). Bons diretores têm o domínio total do que está sendo feito.9- Acompanhe todo o trabalho da sua equipe até a finalização. Faça com que os nomes dos facilitadores, lugares, atores, equipe, professores, roteirista, músicos, etc., estejam corretamente escritos no créditos. Agradeça às pessoas que possibilitaram a sua produção. Com atores e músicos profissionais faça um contrato assinado evitando problemas com direitos autorais. Tome cuidado com a fita original. (cole nela uma etiqueta, constando nome do produto, equipe e dia de gravação).10- Leia e releia o roteiro. Anote tudo e faça com que todos os detalhes na frente e atrás da câmera estejam funcionando como um relógio: ritmo, tempo e precisão. Guarde bem suas planilhas de produção, anotações, desenhos, roteiros e fotos. Esse material pode ser aproveitado para futuros orçamentos e até para seu portfolio. Direção de Imagem:Existem determinadas técnicas utilizadas na direção de imagem que propõem uma narrativa visual clara e tecnicamente entendidas pelo público em geral. Estas técnicas estão relacionados com:I – As regras de continuidade;II – As mudanças de angulação de câmera;III – Os cortes e algumas normas básicas de composição e enquadramento.I – As regras de continuidade:Continuidade é o encadeamento lógico e suave dos planos de um vídeo (filme), que produz a sensação de que o enredo acontece de forma linear. Continuidade de Iluminação: Deve-se estar atento as variações de luz nas gravações externas ao longo do dia. Deve-se examinar os ajustes necessários a temperatura de cor: luz natural, luz artificial, mudança das nuvens que provocam sombras, etc.Continuidade de conteúdo: A continuidade de conteúdo diz respeito a qualquer mudança na fisionomia ou na roupa dos personagens, que devem permanecer iguais ao mudar de plano em uma cena. Exemplo: um ator gravar uma cena de óculos escuros e, no dia seguinte, gravar o restante da cena sem os óculos. Uma atriz entra no banheiro com uma toalha azul e, algum minuto depois, sai do banheiro com uma toalha vermelha. Etc. Continuidade de posição: O diretor deve ter atenção na marcação dos atores em cena. Exemplo: Uma atriz que estava sentada e que aparece de pé no plano seguinte, sem justificativa lógica. Deve-se tomar muito cuidado também com o posicionamento de câmera em relação aos atores, para não pular o eixo de ação dramática. (eixo dos 180º).Continuidade de movimento: Deve-se prestar atenção ao deslocamento dos objetos e personagens em cena. Caso contrário, o telespectador perde o senso de direção e fica desorientado. Exemplo: um trem deve entrar em quadro, por exemplo, pelo lado direito da tela. Ao cortar para outro plano, em um ponto da estrada de ferro mais à frente, deve-se enquadrar o trem entrando também pelo lado direito. II – As mudanças de angulação de câmera:A angulação que a câmera assume pode ser utilizada para intensificar o conteúdo dramático de uma cena. Existem três ângulos diferentes associados com a altura da câmera em relação ao cenário:a) câmera normal: É aquela que aponta diretamente para a cena com a objetiva paralela a uma superfície plana horizontal, enquadrando o cenário de frente, como o olhar normal.b) câmera alta (Plongée): A objetiva enquadra os personagens e os objetos de cima para baixo. A câmera alta normalmente pode ser usada para desvalorizar o assunto, colocando o personagem em posição de inferioridade, de fragilidade, de medo, etc.c) câmera baixa (Contre-plongée): A objetiva enquadra os personagens e os objetos de baixo para cima. A câmera baixa é utilizada para valorizar o assunto enquadrado, colocando o ator e os elementos em cena em condição de superioridade ou dominância.É claro que são apenas meras convenções, dependendo da criatividade do diretor. A câmera alta e a câmera baixa também podem ser utilizadas sem intensificar a sensação de inferioridade ou de superioridade. É o caso da gravação de um jogo de futebol ou de uma corrida de cavalos, com a câmera na arquibancada. Nestes casos, o plogée apenas mostra o ponto de vista de um espectador observando normalmente o cenário. III – Os cortes: O corte é uma forma de transição de planos na qual, simplesmente, junta-se a última imagem de um plano à primeira imagem do plano seguinte. No entanto, o corte representa muito mais do que uma simples emenda entre planos. É através dele que se altera o tempo, o espaço e a dinâmica da narrativa.Exemplo:a) Um homem, em close-up, está com a expressão triste;b) Uma roleta gira e para no número 21;c) O mesmo homem, em close-up, sorri.Entende-se que, durante o jogo, o personagem acertou o número apostado. Se o exemplo fosse ao contrário: Homem sorrindo; roleta mostra preto 21; o mesmo homem fica triste. Neste caso o jogador estava feliz e ganhando dinheiro até que, de repente, a roleta parou em um número indesejável. 

leia bem mais no blog do Diretor de TV Márcio Santos, grande profissional da área http://marciosantostv.blogspot.com

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