És Pedro e nesta PEDRA eu edificarei a minha Igreja.

E para mim:

És PEDRA. Abrigarás o mundo dentro de ti. Serás o lar dos filhos de Meu Pai, sentirás as dores de cada ser que penetrares em ti.
És PEDRA. Pois de ti farão o caminho, construirão o lar e expedirão a forma.
Farás a mão do outro com a força que procuras a liberdade. Abrirás as portas para o próximo.
Farás o pé do outro, com o desejo de caminhar em minhas estrada empurrarás os que não tem força de chegar até mim.
Mostrarás o caminho do Meu Pai ao mundo, repetirás cada palavra que saiu de minha boca e me darás a oportunidade de ser a tua pomba branca.
Em ti edificarei a minha casa. Serás a porta do meu reino, uma porta sem fechadura, arcaica e feia, mas que tudo sabe e tudo sente nesse mundo.
Para quem abrires esta porta eu receberei em meu lar e serás o meu hóspede e para quem fechares deitarás na calçada quente e fria, com conforto e sem descanso, com luz e sem iluminação que a rua oferece.

Pedra. Existirás para edificar a minha palavra em sua vida, para mistificar o meu amor ao teu redor e consolar o abandonado e fraco que não conseguiu abrir-te.

(10-04-94)
Primeiro poema lido na Aliança Amicus

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