A ferida abriu

E eu posso é andar pra frente, mas enquanto a ferida não curar, vai doer.
E eu posso é alçar voo rumo ao infinito, mas enquanto a ferida não fechar, vai doer.
Eu quero me curar dessa dor, mas enquanto a faca continuar amolada, e entrar no meu estômago, vai doer, vai bagunçar, vai machucar...

O perigoso é eu descobrir meu maior defeito e não poder perdoá-lo e curá-lo. É saber que sou rancorosa, dolorida, machucada e não conseguir superar essa dor para o bem. Tem palavras que parecem granadas no meu coração, me fazem chorar, maltratam até o íntimo do meu ser e eu não sei ter grandeza nesses momentos. Eu grito em frente aos meus filhos, eu choro na presença deles. Eu falo sem pensar, coisas do meu dolorido coração, eu grito, eu me zango, eu me descontrolo... E isso me faz tão mal

Comentários

  1. Oi. Eu vim encontrar você, que sentiu as mesmas sensações que eu senti na primeira micarina. Pensei uma metáfora que vai me dar argamassa pra uma crônica. Agora, para além do meu fusquinha, posso pensar a multidão de braços se agitando e, noutro ângulo, as incríveis existências das gentes que agitam os braços. Uma lombra.
    http://edwar2005.blog.uol.com.br

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