Sensações estranhas - a vergonha

Eu sei que tem pessoas que nunca sentem o que fazem. Pessoas que são anestesiadas na vida. Pessoas que não se ressentem, nem se arrependem, que não conseguem ter pena, nem compreensão com a vida alheia. Eu sou impressionada com isso, porque tenho dentro de mim um sinal, que às vezes é fraquinho, mas na maioria das vezes é forte que o meu coração aperta, quando faço algo errado.

Uma palavra, um desprezo, um esquecimento, uma grosseria, um olhar errado, um comentário maldoso, uma desviada de olhar, uma agressão, um erro de conduta, uma falta de respeito... tudo isso eu sinto, sinto mesmo.
Sinto, nem que minha razão não entenda, nem que meu consciente não acompanhe.
Essa energia é vital em mim e me leva a agir com impulso, a expor coisas sem discernir, a dar o start na correção. Antes eu sofria muito, porque não tinha consciência dessa força tão grande dentro de mim. Eu sofria, me martirizava, me maltratava e não conseguia compreender como que meu físico reagia a minhas ações, a meus pensamentos, a meus passos. Mas antes, mesmo sem saber eu conseguia aliviar mais facilmente esses apertos, porque seguia meu coração, e ele não errava sempre, aliás, poucas vezes ele errou, e só errou quando se perdeu de minha razão, e só errou por não conhecê-la. Hoje eu já sei o que sinto, já detecto a intensidade dessas sensações e já procuro desfazê-las. E hoje eu sempre que posso peço perdão, para coisas antigas que não sabia o que fazer, por erros bobos, pequenos, insignificantes, que deixavam cicatrizes em quem me rodeia.
E eu aproveito esse post para pedir perdão a você, que um dia fez meu coração apertar, não por culpa sua, mas por minha culpa. Porque, se te fiz sofrer, foi sem querer.


E peço ao Pai, em prece: Senhor, esteja sempre em meu coração, para não deixar nenhuma maldade triunfar nele. E que os meus sejam protegidos pelo Senhor sempre e todo dia.

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