A Caixinha Mágica de Pii
A Menina teve uma grande ideia!!!
Ao ver a sua caixinha de lembrança do seu nascimento, presenteada pelo Rei Aledy como tradição do Reino de Pii a todos os nascidos do reino, a Menina sentiu o coração aquecer. Seus olhos brilharam com o reluzir da areia amarelinha que ali estava. E foi aí que ela decidiu presentear todas as famílias com uma caixinha mágica de Pii.
Mas, como conseguir as caixinhas?
A areia tem de sobra na montanha dourada. E não tem problema nenhum um palmo de areia numa caixa pequena de madeira.
É um presente. Uma lembrança inocente.
E no outro dia a Menina procurou o responsável por todos os cadastros da população do Reino. Um lugar muito grande anos depois de ser criado, o Reino era muito extenso para a Menina cumprir essa tarefa. Mas, ela ia fazer sim o que se propôs. Assim, ela conheceu o sr. Gerard.
Um senhor de cabelos grisalhos. Um sorriso farto. Um brilho no olhar. E uma voz doce. No primeiro contato a Menina ficou conversando horas e horas com ele sobre o seu mais novo projeto. Falou da importância de voltar a tradição do presente. Mostrou sua caixinha pra ele e o fez chorar de emoção, pois quem preparou aquela caixinha foi ele próprio, pois há anos ele teve a mesma ideia da Menina, só que em vez de dar o presente em sacos de pano, seria dado em caixinha. Ele contou em segredo que houve um grande problema depois da caixinha dada à Menina, e a ordem foi cancelada. Tinha acabado a tradição.
E a Menina queria entender a história do seu lugar.
E o sr Gerard queria contar toda essa história, tão lindamente como ele a via.
Nesse dia, as caixinhas mágicas viraram a mais nova "invenção" da Menina.
O próximo passo era procurar quem fazia caixinhas de madeira em forma de baú pra colocar um palmo de areia amarela.
No primeiro castelo existia um marceneiro que trabalhava com o corte das árvores para entregar pro segundo castelo. Ele tinha o dom artístico de fazer móveis lindos para vender nas feiras livres do Castelo de areia, todos amavam a sua arte.
Ao amanhecer, a Menina foi à feira procurar o sr Chico. Na barraca dele estavam vários objetos de decoração feito com os restos de madeira dos móveis, que por si já eram restos dos cortes das árvores da floresta. E lá estava a caixinha dos sonhos dela. Foi logo pegando, olhando tudo, abrindo, fechando e deixando a mente voar com o presente mais simples e perfeito do Reino.
E o negócio foi fechado com êxito. Tornaram-se sócios na grande missão.
E a Menina levou as primeiras 10 caixinhas pra casa. Foi tão afoita, querendo chegar logo em casa, pegar os nomes das mulheres de cada casa, por onde ia começar? Como chegar para elas e explicar? Como fazer para elas valorizarem a tradição?
Tinha outro detalhe: como pegar os palmos de areia na montanha sem causar transtorno? Ia procurar o responsável.
E assim a Menina foi ao Reduto.
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