Quem conta um conto aumenta um ponto
A Menina começou a andar pelas ruas do Reino de Pii. Conhecia a vida de cada família, fazia graça pros velhinhos que sentavam à porta. Contava historinhas às crianças sentados na praça ou nas calçadas. Conversava assuntos sérios com os adultos nos mercados e postos durante o caminho. Na volta pegava outros caminhos, observava os pássaros que voavam de uma árvore a outra construindo seus ninhos com Amor. Olhava também o céu de Pii, tão imenso, tão azul e sempre a forte sensação de estar na curva do mundo, pois o céu fazia um arco no horizonte.
Foram dias e dias de trabalho árduo para a Menina. Ela queria conhecer o lugar onde viveu a vida toda. Ela queria mesmo era poder ser confiável para entregar a cada família a Caixinha Mágica de Pii e cumprir sua grande missão.
Depois de meses, quase um ano, ela concluiu sua pesquisa, sabia quantas casas e quantas famílias iam receber a honraria do reino.
Nesse período conheceu muita gente boa, vários se juntaram a ela e outros a criticavam e sorriam da tamanha inocência de fazer um trabalho sem ter nada em troca.
Tinha momentos que doía o coração da Menina. Seu corpo ficava fraco por tanto esforço parecer em vão. Ela adoeceu algumas vezes. Sentia-se mesmo era sozinha. Mas, todo dia, ao amanhecer nascia uma força na alma dela que a fazia sorrir e levantar, cantar e dançar. E ela ia.
Era hora de começar a segunda etapa. Pelas contas da Menina, se os amigos ficassem com ela até o fim, se o tempo ajudasse e se nada a atrapalhasse, ela levará 3 anos pra entregar sua lembrança pra todo reino. Numa noite juntou todo mundo e traçou as rotas, distribuiu cópias de mapas, uniforme especial, material para anotações e um folheto contando a tradição de Pii com o título: "Quem conta um conto aumenta um ponto" , que ela mesma criou.
Em 3 dias começou a grande missão da Menina e sua pequena tropa.
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